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Jan21

Pato Amarelinho.

Postado por Edson Vidal Categorias // Flagrantes do mundo jurídico - Por Édison Vidal Lidos 228

Sentado sob o guarda-sol na beira da piscina, no dia útil de trabalho em que as pessoas se dedicam a faina diária com tarefas múltiplas e afazeres às vezes indigestos, eu estou apenas escrevendo esta crônica para matar o tempo.

E por menos que eu queira não consigo tirar os olhos de um pato de borracha gigante, da cor amarela, que flutua graciosamente de um lado para o outro nas águas da piscina.

Fico hipnotizado pelo pato de olhos azuis e bico alaranjado que minha sobrinha-neta Marcela, na flor de sua adolescência, resolveu comprar para a diversão da família. Olhei muito bem a estrutura do pato e constatei que nas suas costas ela é côncava, capaz de levar um adulto sem afundar. Logo imaginei que sucesso eu faria se levasse o pato na baía de Guaratuba e dentro dele, entre barcos, jet-ski e o navio pirata, pudesse enfrentar as águas salgadas do Atlântico. Seria eu e o Padre de Paranaguá.

Enquanto engendrava em minha cabeça esse plano fantástico fui interrompido pela chegada do Cabralino, o rapaz que cuida da casa e faz a manutenção da piscina.

Ele é um sujeito que faz mil coisas e atende muitas famílias que têm casa na cidade.
- Cabralino! - chamei meu amigo.
- Pois não, senhor.
- Gostou do pato amarelo?
- Grande, não?
- Já imaginou subir nas costas dele e atravessar a baía de Guaratuba ? Seria legal, não?
- Acho que sim...
- Você topa?
- Claro!

E a conversa terminou aí; na cena seguinte eu estava me despedindo do Cabralino e vendo ele se afastar segurando firme o pescoço do pato, se distanciando cada vez mais da margem onde estava em pé, acenando.

Nos primeiros metros baía adentro o pato e o Cabralino pareciam estar rindo de felicidade, tudo estava dando certo conforme eu havia previsto. Naquele momento eu me senti o verdadeiro Rei dom Fernando II de Aragão de Espanha, patrocinando a aventura de Colombo por mares nunca dantes navegados no cacunda de um pato de borracha.

E o povo quando viu tomou conta da margem da baía. O prefeito, fogueteiro-mor, gastou mais um pouco do caro IPTU cobrado, para festejar a façanha. E lá, no meio da baía, o Cabralino continuava montado no pato com todo o garbo e distinção. Tudo ia muito bem se não fosse um barco pesqueiro navegar com velocidade e passar ao lado do pato, fazendo ondas e quebrando o remanso das águas.

O pato corcoveou e arremessou o Cabralino para longe que afundou como chumbo e desapareceu nas profundezas. Só depois do acontecido eu soube que o piscineiro não sabia nadar. Quase igual ao saudoso Padre que não sabia voar. Foi um momento de terror; todos que assistiam a cena ficaram de joelhos e passaram a rezar.

O Prefeito de imediato foi entrevistado pela Rádio Litorânea (parece que é de propriedade de seu genitor) e logo foi dizendo:
- Mandei soltar foguetes para advertir a vítima que ele não poderia se aventurar com um pato na baía; foi uma medida de solidariedade a vida humana. E se ele morrer a Prefeitura não pagará as despesas de seu funeral!

Foi uma declaração imprudente e precipitada. Quando a cabeça do Cabralino apareceu sobre as águas, um dos pescadores do barco que encrespou o mar conseguiu puxa-lo pelos cabelos e com a ajuda de seus companheiros pescadores, salvaram a vida do bravo e arrojado aventureiro. Em terra ele foi aclamado herói de Guaratuba. O jovem Prefeito prometeu de pés juntos que erigiria uma estátua de bronze para homenagear o ato heroico de um filho da terra.

Promessa que com certeza ele jamais irá cumprir, pelo menos enquanto não forem editados os próximos Diários secretos a Assembleia Legislativa do Estado. Insinuação do qual não quer me meter. Enfim, Cabralino hoje é figura querida e conhecida por toda Guaratuba, está tão prosa que nem me cumprimenta mais. Ele disse que quase fui culpado por sua morte.

Eu?! Logo eu, seu incentivador e mentor intelectual do seu sucesso? Mas não faz mal, é sempre assim: as pessoas depois que ficam famosas sempre se esquecem de seus benfeitores.

Eu agora passo o dia inteiro olhando a imensa baía de Guaratuba na esperança de achar o pato de borracha amarelo, para levar para casa e colocar o mesmo na piscina. Tremo só de pensar na bronca que vou levar da minha sobrinha-neta quando souber que o pato, bateu asas e sumiu...

“Cada um na sua; uns trabalham e outros escrevem para preencher o tempo. Em cada crônica uma verdade; em outras nem tanto. Quem tem um pato de borracha amarelo na piscina, sabe muito bem que esta narrativa é verdadeira. Quem não tem, deve com urgência comprar um, e vivenciar a alegria de uma aventura na baía de Guaratuba!”
Edson Vidal Pinto

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