25 de abril
Tem datas que tem significado histórico e outras que trazem lembranças imorredouras porque marcaram algo que aconteceu na nossa vida. Quem por acaso não lembra do primeiro dia de escola, do nome da primeira professora, do dia que começou um namoro, a data do noivado, do casamento, das bodas de prata e de ouro?
E das datas de nascimento dos filhos, de seus casamentos, dos netos, dos parentes que mais amamos? Só sei que na longínqua data de 25 de abril do de 1.945 aqui em Curitiba a população começou o dia festejando nas ruas com muito foguetório, a assinatura pelos Aliados da Segunda Guerra Mundial da Carta das Nações Unidas -, fato histórico ocorrido na cidade de São Francisco, na Califórnia, que marcou o início da Organização das Nações Unidas (ONU).
O propósito das nações signatárias era impedir futuros conflitos mundiais onde os países em litígio pudessem sentar ao redor de uma mesa e acabar com suas divergências sem perdas de vidas preciosas. A sede no entanto por condição estratégica acabou sendo construída na cidade de Nova York. E como eu sei deste fato? Porque meu saudoso pai Bernardo Vidal Pinto sempre lembrava destes festejos quando a família se reunia para festejar meu aniversário. Ele orgulhoso pelo filho que levava o nome de sua família portuguesa fazia questão de sempre dizer que quando eu nasci Curitiba festejava.
Alegria de um pai alegre como ele sempre foi em toda a sua vida -, faleceu bem antes dos setenta anos. Minha saudosa mãe Nair Stinglin Vidal Pinto era uma lapiana mais comedida, braba mas que também compartilhava com a euforia de meu pai em cada um dos meus aniversários. E o mesmo acontecia no aniversário de minha querida irmã Marley. E desde que me conheço como gente sempre no dia de hoje eu era acordado por uma música de um mesmo disco que meu pai colocava na vitrola e que tinha um trecho da letra que dizia:
Rio de Janeiro vinte e cinco de abril; bem que merecia esta data tão gentil; a placa de uma rua da cidade; ou uma página da história do Brasil!
E pensar que já se passaram setenta e seis anos de vida intensamente vivida, quando constituí minha família, fiz ótimos amigos, escrevi um livro e me orgulho de ter servido o meu Estado do Paraná quando em atividade exerci na vida pública cargos da mais alta relevância sem nunca ofender e nem pisar em ninguém. Hoje escrevo minhas crônicas diárias as vezes com humor, sarcasmo e sempre primando pela verdade.
E o mais importante é que continuo acreditando em dias melhores na certeza de um futuro radiante com liberdade, igualdade e fraternidade...
“Data de aniversário simboliza rito de passagem pois quando olhamos no espelho vemos a marca do tempo riscar um pouco mais nosso rosto. Nossos movimentos ficam mais lentos e as lágrimas brotam em nossos olhos com mais frequência. Porque envelhecer é uma lição de vida.”
Edson Vidal Pinto
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