A bolsa do nosso bolso
Desde os primórdios da humanidade é sabido que os seres humanos vivem em patamares distintos uns dos outros, tanto no que tange as oportunidades, como, também, quanto as diferenças culturais e econômicas. Daí a heterogeneidade das sociedades humanas com problemas múltiplos e de difícil solução. No momento atual as diferenças sócio e econômico dos países, pela riqueza que possuem e governos que têm, são classificados em potências ou subdesenvolvidos, nestes a marca principal é o excesso de população e a consequente pobreza que é a mãe da fome. Claro que também nas grandes potências existem os excluídos que vivem e vegetam nas periferias das cidades, mas não lhes faltam amparo mínimo onde possam dormir, comer e ser atendido quando enfermos. Não ficam totalmente ao desalento, salvo a parcela (que não é pequena) dos que trocam a dignidade pelas drogas. Pelo menos é assim que vejo, sob minha ótica, as diferenças entre as classes sociais. Óbvio que respeito as opiniões divergentes. Pois, bem, o Brasil continua sendo um país subdesenvolvido que ora vai um pouco para a frente e ora volta muito para trás, porque os eleitores não aprenderam a votar nos candidatos certos, consequência típica da falta de cultura e educação cívica do povo. E nossas diferenças sociais têm o efeito sanfona pois diminui o número de pobres, quando o emprego está em alta, mas aumenta quando o desemprego dispara em razão do arroxo nos encargos sociais. No Brasil do FHC até hoje o governo federal para acudir os mais pobres (mesmo) criou a chamada “bolsa família”, uma verba em dinheiro repassada através da Caixa Econômica Federal para famílias carentes, valores que com o passar dos anos teve acréscimos para quem tivesse mais filhos, filhos na escola etc, etc. Com o desemprego muitos ex-assalariados (empregadas domésticas, empregados da construção civil, empregados do comércio, da indústria e andarilhos que perambulam pelas ruas) passaram a usufruir de igual benefício, aumentando consideravelmente o número de assistidos pelo Estado. É importante destacar que referida “bolsa” ou outras de igual tamanho, tem aumentos anuais em percentuais que correspondem a totalidade da inflação do ano e o valor mensal supera o do salário mínimo. Um doce para quem não quer trabalhar e se viver de biscate tem um “plus” significativo no total da conta. Tem empregada doméstica que não quer registro em carteira, pois ganha “bolsa familia; e com certeza tem outras categorias de empregados que usam de tal expediente. E com isto falta mão de obra na indústria e no comércio, dois ramos de atividade que são fiscalizados e não permitem empregado trabalhando sem registro. Está claro que o governo federal criou uma “casta” de pessoas que vivem às custas dos contribuintes, de maneira cômoda porque são mantidos em “currais eleitorais”. Ninguém quer perder a vantagem -, nem os que ganham e não trabalham, nem os políticos que não querem perder o voto. Não censuro quem efetivamente merece tal benesse porque não tem a mínima condição de se sustentar; mas aqueles outros que acharam uma mina de conforto para continuar (até quando ?) vivendo do trabalho alheio.
E não deve ser pouco o que o país gasta com tais “bolsas”. Urge rever esses programas sociais, não apenas para excluir os aproveitadores, mas, principalmente para ditar regras com tempo certo para cada beneficiário conseguir com políticas públicas sair do estado de pobreza, a fim de poder se auto sustentar. Pois do jeito que está, dentro de pouco tempo, mais da metade dos brasileiros estarão vivendo as custas da “bolsa família”. Mas o bolso dos Contribuintes já não suportam mais…
“Questão social delicada. Mas qual a questão social que não é? Ser “bolsista” nesta quadra do país é o mesmo que ser “cotista”, por gozarem (muitos) de um privilégio que não fazem jus.
Democracia é igualdade de oportunidades. E estas, só não aproveitam, os que querem vantagem sem nenhum esforço físico ou mental.”