A Calmaria!
Hoje, 03 de janeiro, terça feira.
Depois do agito de ontem Guaratuba amanheceu tranquila. As pessoas que vieram passar as festas de final de ano foram embora, ontem o congestionamento para a travessia do ferry boat, tanto pela rua principal como pela Caieiras, tornou quase intransitável a cidade. E quem optou ir via Garuva levou mais de três horas e meia para chegar até o trevo da BR! Um suplício para os contribuintes e falta de visão dos governantes. E ao que parece a falta de melhor planejamento continuará ainda por longo tempo.
Entra Governo e sai Governo a prometida ponte Caiobá/ Guaratuba não passa de sonho de uma noite de verão, e a duplicação Guaratuba/Garuva e a construção de um viaduto de acesso à rodovia federal parece incompetência, mesmo.
O litoral do Paraná que é efetivamente ocupado além de pequeno é abandonado, não existe investimento que dê sustentação turística embora não falte potencial, basta olhar o contorno de alguns balneários. Especificamente no caso de Guaratuba falta explorar melhor o morro das Caieiras, um teleférico poderia levar turistas da Praia até a colônia de pescadores denominada Prainha e vice versa. O mesmo quanto ao morro do Cristo, com iluminação mais adequada e área de lazer noturna. Um ilustre professor da Escola de Engenharia Civil da UFPR.
Elaborou um Projeto de Revitalização da cidade propondo derrubar os imóveis localizados entre a praça principal da Igreja de Nossa Senhora do Bonsucesso até o muro da baia, abrindo um espaço não apenas para a necessária ventilação como, principalmente, para área de recreação e lazer. Do Projeto uma única construção destinada às convenções e espetáculos públicos, sem comprometer o visual do novo logradouro.
A ideia parece interessante e foi entregue na Prefeitura sem chance alguma de prosperar. As construções que impedem à vista da praça para a baía de Guaratuba são casas velhas, de comércios primários e desnecessários sob o ponto de vista estético e dispensável à população.
Parece indiscutível que a modernidade para dar qualidade de vida aos moradores de uma cidade necessita do empreendedorismo da sua gente, pois sem visão sonhadora de mudanças radicais, os lugares tendem a perder seus próprios encantos. Bem comparando, Camboriú é um exemplo de transformações a ponto de ser invejada e cobiçada pela estrutura que tem e pelo dinamismo de seus investidores.
Ela atrai turistas e com estes uma mina inesgotável de dinheiro circulante que mantém o comércio ativo e exuberante. Enquanto que em nossas praias proliferam as tabuletas de "vende-se imóvel" não apenas como reflexo da crise do país, como também, de proprietários sequiosos em recuperar seus investimentos pela notória desvalorização do seu bem.
É pena que isso esteja acontecendo pela inconsequência dos nossos governantes, o Porto de Paranaguá perdeu de importância estratégica quando o Porto de Itajaí e o do Terminal de Container de Itapuá foram ungidos às alturas pela nossa própria inoperância e mesquinhez. Governantes que usaram e abusaram da verbalização e da Mídia para esconder suas rabugices e incompetências.
Acredito que passar o Brasil a limpo, aproveitando da luz sacrossanta do Cometa da Lava Jato, impõe a todos nós o dever de saber eleger bem os nossos dirigentes para não amargarmos mais a obtusa e indesejável falta de bom senso e vontade dos que até aqui foram eleitos. Com raríssimas exceções!
Chega de eleger os mesmos, pois estes se tornaram profissionais da política e funcionários públicos às avessas, com direito a décimo terceiro salário e aposentadoria. Precisamos saber reciclar nossas escolhas, pois da parte deles o melhor é ficar como está! Até seus filhos são escolhidos para nos subjugar.
Larguem do nosso pé, chulé!