A Frouxidão Impera
A pandemia no Brasil não acabou e está encrustada nos quartéis, palácios, prédios, casas e zonas rurais porque o povo está inoculado e sem vontade de reagir. Seja civil ou militar parece que o vírus da inércia infestou a sociedade como um todo porque a minoria manda e desmanda e a maioria assiste atônita e sem voz. Mulheres sem classe, homens afeminados e comunistas de ocasião tomaram conta dos espaços e exigem respeito e tolerância como se todos tivessem que se curvar ante tamanhas aberraçôes.
O sacerdote apoia o ateu e o desonesto como se fosse normal e lógico; o desocupado encontra amplo apoio e é tratado como “excluído”; o trabalhador no entanto não encontra complacência de ninguém e vive a própria sorte. O soldado da Pátria que ontem reagiu perante o perigo e a revolução interna prefere desfrutar do prazer da omissão e fazer continência sem se importar quem seja o Chefe. O cargo fala mais alto que a biografia do comandante.
A honestidade, lealdade e senso de responsabilidade então em segundo plano; vale hoje em dia a gaiatice, a soberba, a malandragem e o jeitinho de tirar vantagem. As autoridades constituídas perderam o respeito, a honestidade foi banida e a honra pisoteada por gente que caminha pregando o ódio e a desigualdade social.
O Poder Judiciário semeou a impunidade, o Executivo perdeu o rumo da decência para recuperar a governabilidade e o Legislativo continuou sendo o capacho do Poder. O professor universitário deixou o Magistério de lado para ser doutrinador de ideologia canhestra, com raras exceções. O Ministério Publico que pela CF seria o fiscal dos Poderes e da Lei preferiu zelar pelo social porque é menos perigoso. Os Controladores das contas públicas se acomodaram para atender interesses políticos e não abrir arestas comprometedoras.
O país caminha aos trancos e barrancos como se a lei não existisse; quem deveria falar fica calado e quem não deveria falar só obre a boca para propagar desavenças. A Imprensa virou cartel de partido político e ideológico apostando sempre no quanto pior melhor. Este o quadro roto que tem seu melhor exemplo na Academia Brasileira de Letras na escolha de seus dois últimos acadêmicos. Tudo reflexo da inversão de valores.
Com esse cenário sinistro o assalto ocorrido no final de semana numa Empresa de Valores na cidade de Guarapuava não surpreendeu ninguém, uma operação similar como se fosse um grupo terrorista que deixou em polvorosa toda a região. A inoperância da área da Secretaria de Segurança Publica dá mostras que a bandidagem superou o Estado e não teme nenhum tipo de reação. A população está a mercê dos delinquentes, da violência e do medo. E tem quem pregue o desarmamento como se o bandido se importasse com isso; a impunidade é o mal de todos os males. Parece que voltamos ao tempo do velho oeste americano onde só falta fazer justiça com as próprias mãos, o país retrocedeu porque os Juízes estão dormindo …
“Só resta o voto como arma do eleitor que pensa e ama o país para não permitir que o pior aconteça. Estamos numa encruzilhada : ou o país acerta o pé ou vai para bancarrota. Cabe ao eleitor decidir.”
Édson Vidal Pinto