A Opinião de Cada Um.
Ninguém é obrigado há concordar com a opinião de ninguém, principalmente, é claro, quando ela diverge da nossa. Mas como vivemos (ainda) numa democracia temos que saber conviver harmonicamente com as pessoas que pensam de maneira diversa por mais que nos desagradem e pela forma mais respeitosa possível. Afinal não vivemos numa sociedade de trogloditas.
E por quê digo isto ? Porque estamos no meio da turbulência de um segundo turno das eleições em que a imprensa a todo vapor busca captar notícias sensacionalistas para jogar na cara de ambos os candidatos e de seus eleitores. Todo o dia surge uma novidade garimpada no meio do lixo para denegrir ou fomentar a candidatura do protegido. Este comportamento dos jornalistas não destoa nenhum pouco dos outros países democráticos no período das eleições. Pois é uma fase aguda que não permite Imprensa isenta e nem jornalista independente.
É quando a pequenez do jornalismo se exterioriza. É claro que toda notícia política veiculada serve para os cidadãos formarem suas próprias opiniões desde que peneirem cada uma delas pelo menos dez vezes, para se valer do que restar do sumo. Pois acreditar de plano numa notícia é o mesmo que fugir da realidade. Outrossim, causa certa indignação o entendimento de muitos de que pouco importa quem ganhe as eleições, pois a democracia será mantida e isto é que interessa.
Ditas pessoas acreditam nos reflexos das eleições pretéritas quando o Luiz Ignácio e a Dilma assumiram, respectivamente, a Presidência da República para dilapidar o patrimônio publico e usufruir cada qual das benesses do Poder, sem sem tentar escantear o regime democrático. Mas de lá para cá muita coisa mudou : o Luiz Ignacio foi preso, desmoralizado, amargou um período de ostracismo envolto em nuvens negras e ruminou o suficiente para se vingança de seus adversários e inimigos que cumpriam a lei. E a Dilma com certeza não esqueceu de sua vexatória cassação.
Parece óbvio que se voltar à Presidência o Luiz Ignácio vai executar o plano urdido pela esquerda da América Latina e romper com o Estado Democrático de Direito. Salvo que as Forças Armadas refutem essa pretensão; mas não faltará vontade, tentativas e nem apoio interno e externo. A eleição que se aproxima terá consequências muito mais graves do que se possa imaginar, pois a reeleição do Presidente representará a derrota mais arrasadora da esquerda e o fim do Lulapetismo. No entanto a vitória do Luiz Ignácio poderá representar a instabilidade da democracia e o fortalecimento das
ditaduras sul-americanas. Portanto, ao que parece, importa sim quem sairá vencedor do segundo turno das eleições pois a democracia está nesse mesmo jogo mas com futuro incerto. Só não estará sujeita a chuvas e trovoadas se a reeleição vier.
Portanto, ao que parece, está difícil emitir opinião nesse turbilhão de incertezas, cabe aos cidadãos sopesarem os sinais que estão evidentes e não se deixar enganar pela opinião de qualquer um…
“Quando uma única nuvem negra flutuar no azul do céu pode ser o prenuncio de uma desastrosa tempestade.
E por quê arriscar fazer um piquenique ao ar livre ? A prudência dita que ficar ao abrigo de um teto é muito mais garantido. É tudo uma questão de bom senso.”
Édson Vidal Pinto