A Polícia Merece Respeito
Talvez você não goste de polícia por achar que todos eles são corruptos, violentos, despreparados, prevalecidos e péssimos cidadãos. É claro que em toda corporação que agrega seres humanos sempre existe fruto podre -, basta ver no Clero os pedófilos, na Justiça os magistrados parciais, na Medicina médicos sem caráter e nem ética, na indústria e no comércio empresários corruptores e na política ladrões de lesa Pátria. E não termina por aí não porque a lista é interminável. Mas é óbvio que em cada ramo de atividade humana existem os vocacionados, dignos e honrados. E as entidades policiais - Civil e Militar - também têm na grande maioria de seus componentes o que de melhor existe na Sociedade.
Escrevo com conhecimento de causa porque atuei muito próximo da polícia quando fui promotor de justiça criminal, Procurador de Justiça, Diretor-Geral da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Secretário de Estado da Justiça e na convivência com delegados, agentes, escrivães, Coronéis, demais Oficiais e soldados da Polícia Militar aprendi a respeitar cada um deles e reconhecer o valor do trabalho que prestam à sociedade como um todo. E posso atestar que não é serviço para qualquer um pois exige preparo físico, mental e psicológico porque o dia a dia é uma verdadeira gangorra de altos e baixos com a adrenalina sempre há flor da pele.
Empunhar uma arma para enfrentar um marginal também armado e as vezes em situação mais privilegiada é encarar o imprevisível e estar bem perto da morte. E pensar que estamos num país onde a criminalidade é crescente porque impera a impunidade; fator primordial para que exista um estado de criminosos confrontando paralelamente com o estado democrático de direito. Só que na organização dos bandidos não existe regra e nem freio e cada um deles pode trucidar quem quiser e não precisa dar satisfação para ninguém.
E no estado democrático de direito o policial tem que esperar que o marginal dê o primeiro tiro para depois atirar porque se não for assim a sociedade legal não perdoa o seu preposto. Esta é a hipocrisia da Imprensa, das ONGs de direitos humanos, da Defensoria Pública, da ONU e até do próprio Estado. Numa guerra vale tudo -, mas embate entre o bem e o mal exige-se do policial o indispensável comedimento como se ele tivesse sangue de barata. Evidente que num confronto adredemente planejado pela polícia contra marginais da mais alta periculosidade, como aconteceu no Morro do Jacarezinho no Rio de Janeiro, só poderia resultar em mortes.
O bandido quando está protegido no seu reduto exerce o poder de reação e o revide como consequência produz resultados nefastos. Um herói foi abatido no confronto armado -, uma perda lamentável cuja família mereceria receber imediato amparo do Estado como prova de respeito àquele que deu a própria vida para defender os bons e os justos. E do lado do mal os que morreram é porque não respeitaram a Lei e a Polícia. Neste episódio a culpa é de quem? Claro que existe um culpado e este foi o ministro do STF que proibiu a polícia do Rio de Janeiro combater nos morros os gângsters do tráfico, que ao tempo da proibição imposta aumentaram seus domínios e tomaram conta das comunidades como verdadeiros barões. O Fachin agiu sem conhecer o mundo pervertido da violência e olhou o problema com os olhos de um puritano que acredita em conto de fadas.
Combater bandidos é igual a qualquer guerra onde a morte de faz presente a cada segundo. E agora vem a ladainha dos puritanos acusando a polícia de ter massacrado as melhores almas que felizmente estão no outro mundo. O governo do Rio tem que tapar os ouvidos e prestigiar sua Polícia antes que o PCC chegue a intimidar os cidadãos de bem e dirija o crime diretamente do Palácio Laranjeiras...
“O crime está em todos os cantos e lugares, no meio de gente inocente e trabalhadores, mas o Estado tem o dever de combater os criminosos onde eles estiverem. No embate entre o bem e o mal a morte sempre está na espreita. Mas a Polícia tem que cumprir seu dever constitucional. Os Governantes e Cidadãos têm que respeitar seus Policiais.”
Edson Vidal Pinto
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