A Preocupação.
Ultimamente Tenho participado de algumas palestras e debates interessantes. Desde que me aposentei em fevereiro de 2.015, desvesti minha Toga que sempre procurei dignificar e entreguei com carinho para o meu filho primogênito, competente advogado, para este sempre se lembrar de seu pai e respeitar a Justiça.
Desde então comecei a escrever diariamente minhas crônicas, algumas para reflexão, outras de maneira jocosa para retratar os acontecimentos do cotidiano. À medida que penso e dedilho as pequenas letras de meu celular, sem me preocupar em corrigir os textos, até chegar à última letra do que me propus criar.
Como Magistrado nunca ousei emitir opinião política e nem escrever nada que não fosse aos autos. Aprendi na faculdade que o verdadeiro Juiz é aquele que só se pronuncia nos processos. Fora dele o servidor da lei deve ser reservado e calado. Deve saber ouvir e falar o necessário. E como aposentado estou desobrigado de seguir esta regra profissional e por isso escrevo de tudo e de todos. Até de política.
Embora tenha exercido relevantes cargos políticos nunca fui filiado a nenhum partido e muito menos exteriorizei preferência por qualquer deles. Hoje, embora livre para opinar confesso que não nutro preferência por nenhuma das siglas e muito menos ideologia. A única ideologia que professo é a da lei.
Mas não me omito em criticar a classe política como um todo. E nos debates que me referi tenho, principalmente quando faço palestras em faculdades, conclamadas os jovens universitários a fazerem política partidária. Por quê? Porque é a única via legítima dentro do estado democrático de direito de participar dos destinos do Município, Estados e do País.
Mordi minha língua, quando eu tinha oportunidade e recomendava aos meus amigos que evitassem entrar na política, esta seria a pior coisa a fazer. Dei uma guinada; sem política o indivíduo deixa que os menos experientes e mal intencionados dirijam a Nação. É por isso que estamos enfrentando a crise moral que nos delegaram os políticos oportunistas e ladrões.
E tenho ouvido algumas pessoas achar que não vale a pena entrar na política porque os nomes que estão concorrendo são os mesmos, não dando chance para o eleitor de mudar o Brasil. Verdade: são os mesmos nomes pelas omissões de tantos outros que não fazem política. Mas não podemos esquecer que o país está mudando, políticos estão presos e para sanear a vida pública vai ainda levar algum tempo.
É por isso que as eleições que se avizinham necessitam do amor do eleitor pela pátria, escolhendo os candidatos melhores, os que não são fichas sujas e que não estejam respondendo ações penais. E principalmente os que não serviram o governo corrupto do PT.
Desta peneirada é evidente que sobram nomes confiáveis e merecedores do voto. O futuro? Sempre será uma incógnita se o candidato eleito vai ou não honrar o seu mandato, pois cada um se revela no difícil exercício do múnus quando tiver que nos representar para buscar as soluções que nos dizem respeito.
Preocupação? É só com aqueles que pregam deixar de votar ou anular o voto. Por quê? Serão eleitos os mais votados. E não esqueçam que a “militância” sempre está presente na hora de votar. Logo...
“Vamos votar pelo Brasil!
Vamos votar pelo Paraná!
Vamos votar para Senador, deputados Estadual e Federal quem não seja ficha suja e não tenha participado de governo petista!”
Edson Vidal Pinto