A “Veja” Insiste Que Eu Veja!
Vou relatar um episódio que mais parece coisa de quem não tem o que fazer ou de como insistir até encher o saco. E por incrível que pareça a situação inusitada está ocorrendo há mais de um ano e meio.
E tudo começou quando terminou o prazo de vigência da assinatura anual da revista “Veja” publicação semanal da Editora Abril, que minha mulher contratou com pagamento mensal através de seu cartão de crédito.
Como a revista mudou sua linha editorial e passou a fazer reportagens tendenciosas, minha mulher resolveu não renovar a assinatura vencida. Contudo esta foi renovada automaticamente pela Abril com remessa de boleto bancário diretamente ao Cartão Visa.
Minha mulher então comunicou ao cartão que não autorizava o desconto, inclusive remeteu correspondência por escrito, ocorrendo o respectivo estorno. E daí começou a guerra de telefonemas com as incansáveis funcionárias da empresa telefonando dez a quinze vezes por dia para minha casa, inclusive nos sábados e feriados.
Um incômodo moral insuportável. As moças do setor de renovação de assinaturas não davam ouvidos e ameaçavam levar o título de crédito para protesto. Título? Que título? Sem aceite? E no meio da desgastante batalha de telefonemas e ameaças resolvi acionar a “Protest”, entidade nacional de defesa do consumidor do qual sou associado, com sede em São Paulo.
Esta notificou formalmente a Editora Abril para evitar que a mesma remetesse as edições da revista para o meu endereço, bem como, as expedições de boletos bancários para cobrança. Os telefonemas pararam, mas os boletos continuam sendo emitidos; inclusive com a remessa semanal das revistas para minha casa. Não quero ler, mas acabo passando os olhos.
E cada vez mais me convenço das péssimas reportagens veiculadas em suas edições, comentários primários e linha jornalística com notória falta de credibilidade. Como pode? Encerrada a fase contratual da assinatura de uma revista, esta sem nenhum pudor tenta empurrar goela abaixo a renovação contratual contra a vontade do assinante? Um absurdo que só acontece com o consumidor brasileiro.
É claro que só a propaganda da revista faz a mesma sobreviver, tanto é verdade que minha mulher recebe gratuitamente as edições da “Veja” sem nenhuma contrapartida em dinheiro.