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Ago30

A Verdade Nua e Crua

Postado por Edson Vidal Categorias // Flagrantes do mundo jurídico - Por Édison Vidal Lidos 253

Tive a feliz oportunidade de ter vivido intensamente a vida pública e por isto me considero protagonista e as vezes testemunha de fatos que  é de total desconhecimento da grande maioria das pessoas. Pudera, pois ingressei no Ofício Publico aos 14 anos de idade como menor e dele só me afastei compulsoriamente ao completar 70 anos, período em que exerci relevantes cargos comissionados junto ao Poder Executivo e outros de caráter vitalício, em razão de minha carreira profissional quando iniciei  como Tarefeiro Nível 1, do Quadro de Servidores Públicos (ganhando 1 salário mínimo por mês), depois como Promotor de Justiça e Procurador de Justiça do Ministério Publico e terminei como desembargador do Tribunal de Justiça. 

Nesta crônica vou contar o episódio de quando resolvi deixar o cargo comissionado de Diretor-geral da Secretaria de Estado da Segurança Pública para retornar ao Ministério Público. Estive na referida secretaria  no período do governo Álvaro Dias quando foi  titular da pasta o então Procurador de Justiça Antônio Lopes de Noronha, exemplar cidadão e honrado homem público, que me convidou para ser o seu substituto legal como Diretor-Geral. Permaneci    no cargo por três anos e dois meses quando pedi minha exoneração, contrariando a vontade de meu amigo Noronha que insistiu pela minha permanência até o término do mandato do governador. Agradeci mas por motivo de ordem pessoal mantive minha decisão. 

O motivo ? Será o pano de fundo desta minha crônica. Tudo caminhava muito bem na secretaria sob a batuta eficiente de um Secretário de Estado que dominava como poucos  os problemas agudos do setor coordenando com mãos firmes as ações das Policias Civil e Militar em todo o estado. Foi uma época em que o MST estava em efervescência  invadindo propriedades particulares produtivas e destruindo tudo que encontrava pela frente, agindo acintosamente contra a lei.  Era um verdadeiro bando de guerrilheiros desocupados a serviço de uma fação ideológica que ainda objetiva afrontar a ordem e a paz social. Numa dessas empreitadas criminosas o MST invadiu uma área de reflorestamento pertencente à uma empresa especializada, afastando os funcionários mediante ameaças com armas de fogo, foices, porretes e facões para ficarem assentados na rica propriedade. 

É claro que a empresa proprietária ingressou com as medidas judiciais cabíveis pretendendo a imediata reintegração do imóvel turbado para evitar que toda a plantação fosse dizimada. O Juiz da causa de pronto concedeu liminar para restituir a área invadida à autora, determinando que a desocupação fosse efetivada pelo Oficial de Justiça com auxílio da Polícia Militar. Eu fui encarregado de providenciar as condições logísticas e financeira para dar o devido cumprimento a ordem judicial. Coube à PM elaborar o planejamento estratégico para a desocupação. 

Neste lapso de tempo foi que recebi no meu gabinete um ilustre professor de direito da USP, então advogado da reflorestadora, que ofereceu toda logística necessária para retirar os invasores da área, inclusive propondo pagar a comida dos militares destacados para a missão. Claro que a ajuda viria a calhar e facilitar (em muito) as despesas do erário tão necessárias para o deslinde do caso. Na oportunidade respondi ao Advogado que estava sendo ultimado o planejamento da PM e uma vez concluído a decisão judicial seria cumprida. Ele agradeceu e terminamos a nossa conversa. O tema da reunião foi levada ao conhecimento do Secretário que gostou muito da ajuda oferecida. Dias depois o planejamento  formulado pela PM chegou e o Secretário pediu a devida autorização do governador Álvaro Dias para dar cumprimento a ordem judicial. Os dias foram passando e do Palácio Iguaçú não chegava nenhuma resposta. Fiquei incomodado porque como Promotor de Justiça eu sabia que decisão de Juiz deve ser cumprida e ponto final. 

O Noronha foi então falar com o governador e este lhe disse que seria temerário cumprir a decisão pois muitos invasores estavam assentados na propriedade e poderia resultar num confronto com a PM, com resultados imprevisíveis. E se negou em dar a autorização de desocupação da área invadida. O Secretário então me transmitiu a conversa que teve com o Álvaro Dias. Eu fiquei indignado com a situação. O Advogado da firma ao tomar conhecimento de que o planejamento da PM tinha sido concluído e remetido à secretaria há muito tempo, retornou ao meu gabinete. Fiquei envergonhado ao atendê-lo e mais ainda quando lhe transmiti que o governador se negara a cumprir a decisão do Juiz. Li no seu rosto a sua frustração e quando ele deixou meu gabinete fui diretamente falar com o Secretário e lhe transmiti   o meu pedido de exoneração do cargo. 

Foi o motivo pelo qual no dia seguinte reassumi meu minhas funções como Promotor de Justiça titular da 1a. Vara Criminal de Curitiba. O porquê do Juiz não ter honrado o cumprimento de sua própria decisão não sei explicar, sendo certo, também, que o Requião quando governador nunca autorizou nenhuma desocupação de área invadida. Aliás ele próprio, anos depois, com auxílio de um capataz incentivava que sem tetos invadissem áreas públicas da Prefeitura da Capital para perturbar a administração do prefeito Greca. Daí sim, as decisões judiciais foram todas cumpridas sendo que em uma delas o capataz referido foi preso e eu era o Secretário de Estado da Justiça. Um outro episódio inusitado e cheio de lances de bastidores, que me reservo para contar num outro dia …

“Eu mesmo como Presidente do TRE descumpri decisão monocrática do Toffoli, só que ela era tecnicamente inexequível. Mas decisão  de Juiz, quando perfeita e legal, deve ser cumprida sem choro e nem vela. Pode até ser alvo de criticas, mas jamais ser olvidada. Cabe ao Juiz zelar com rigorosa  fidelidade a respeitabilidade de sua jurisdição.”

Édson Vidal Pinto

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Advogada paranaense lança segunda edição do livro de poesias “Você é o que Você Sente”

A advogada Rafaela Aiex Parra, reconhecida por seu trabalho ligado ao Direito Agrário e ao Agronegócio, com uma série de livros jurídicos publicados, lança no dia 26.11, no espaço multicultural Honey Vox, a segunda edição de seu livro de poesias, “Você é o que Você Sente”. O material reúne 40 contos, de leitura dinâmica e envolvente. Na primeira edição, a autora reuniu 25 poemas, publicados em 2018.

 

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Obra Hudson Melo exposta na Artestil encanta público

O artista piauiense Hudson Melo e a galerista Liliana Cabral abriram a mostra individual Muitos Caminhos, com doze obras em óleo sobre tela, na Artestil Galeria de Arte, no Batel. O público se encantou com o conjunto da obra urbana, colorida e contemporânea do artista, que segue em exposição até 22 de novembro.

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Thayana Barbosa em dose dupla, no Paiol e no Kraide

A cantora e compositora Thayana Barbosa começa no palco do Teatro do Paiol, em Curitiba, a turnê de lançamento presencial de seu mais recente trabalho, o disco Toda Pele. Depois de Curitiba, ao longo de 2025, outras oito cidades, de todas as regiões do estado, receberão o show da turnê, sempre com entrada franca.

 

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No Tempo da Mimosa

Ouvi dias atrás na rádio BandNews Curitiba, o âncora do programa matinal, comentar com indignação o quanto subiu o preço da carne, do abacate e da laranja, com alegação de que a inflação e a falta de alguns produtos estão encarecendo a vida dos paranaenses. É claro que a inflação por si só já é o fator principal da carestia, reflexo de um desgoverno federal inoperante, e da alta  do dólar, moeda que está atrelada na economia dos países emergentes, que influem de forma direta no custo de vida.

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Para Os Amigos Tudo

 A panelinha dos compadres, amigos e militantes está funcionando a todo vapor, nunca nenhum governo que não fosse petista, soube aproveitar tão bem para aparelhar o Estado brasileiro com pessoas subservientes e agradecidas. Um exemplo clássico? A atual composição do STF onde  a maioria dos inquilinos ou foi nomeado pelo Luiz Ignácio ou pela  Dilma, levando em conta que o Temer também um escolheu um a dedo, o Xandão, quando o seu partido MDB estava , mais do que nunca, alinhado (como sempre esteve) com Lulapetismo

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 Você sabia que na última sexta-feira o STF começou a julgar o uso da linguagem neutra nas escolas brasileiras? Ah, não sabia não? Mas é verdade, sente, relaxe e não pense que vem coisa boa por  aí, pois referida Corte de Justiça em precedentes publicados, já alinhavou a possibilidade de admitir a “morte do português”. É claro que por inconformismo da animada turma LBTI e pela Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas, que se insurgiram contra uma lei do Município de Votorantin (SP) proibindo o ensino da linguagem neutra nas escolas públicas e privadas, a questão novamente será abordada judicialmente para não despertar a ira das minorias

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Chope nas alturas

Sim, a notícia mais comentada da semana no setor de Turismo, depois das Olimpíadas, foi a divulgação da companhia aérea holandesa KLM que a partir de agosto, passará a servir chope de barril em seus voos

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