A Vida e o Tráfico
Que bom seria que não existisse violência, crime e corrupção e que todos os indivíduos vivessem em harmonia sob o império da lei e da ordem. Mas infelizmente isto é uma utopia. Tanto que por mais desenvolvido que seja o país e dê qualidade de vida aos seus habitantes sempre haverá violência, porque onde os seres humanos colocam os pés deixam nas pegadas rastros de discórdias.
É da natureza humana a ganância, a disputa desenfreada e a vontade de alcançar o sucesso a qualquer custo, independente da ética e da licitude. Assim desde os primórdios da história do mundo existiram disputas armadas, preferências, clientelismo, ódios, vinganças e gana pelo poder. E de igual as sociedades sempre foram constituídas de pobres e ricos -, incluindo-se modernamente os considerados “excluídos” que não são aqueles minimamente desassistidos pelas políticas públicas do Estado, mas os que optaram por viver na ociosidade. Não buscam emprego e nem querem constituir família pois são os nômades urbanos que dormem sob marquises e preferem viver do assistencialismo estatal.
São hordas de desocupados que aumentam diariamente tomando conta dos espaços e que nada produzem; suas presenças servem para dar maus exemplos e intimidar os cidadãos. Não precisa ser muito observador e nem inteligente para deduzir que desta heterogeneidade humana agravada com a explosão demográfica que grassa no mundo, o crime está numa escalada assustadora. E não importa o tamanho das cidades pois todas elas estão escravizadas pelo medo porque a Segurança Pública que é dever do Estado está há muito tempo perdendo a guerra contra o crime. Mesmo assim, por ser público e notório, para o STF a cidade do Rio de Janeiro deve ser um local de conto de fadas onde o povo é feliz e o banditismo não existe.
Só pode ser depois da decisão do Fachin (daquela turminha famosa) ter decidido que a polícia não pode realizar operações de combate à criminalidade nos morros da cidade porque pode haver tiroteio e resultar na morte de inocentes. Enquanto a polícia permanece de mãos amarradas, ontem no complexo da favela da Alegria ocorreu cerrado tiroteio entre facções de traficantes que disputam pontos de tráfico, matando um dos moradores.
E agora? O Fachin por acaso vai proferir uma outra decisão no sentido de proibir que os criminosos atirem uns contra os outros para impedir, em nome dos direitos humanos, que possa ocorrer a morte de inocentes? Parece piada não é mesmo, mas é só o que está faltando acontecer neste leque de absurdos jurídicos que já estamos ficando acostumados de ler, ver e ouvir ...
“Daqui algum tempo o STF vai decidir quando deve chover, fazer sol, frio, calor e até marcar o dia que cada jurisdicionado deve morrer. Pois a ditadura daquela Corte é tamanha que não tem limites -, reflexo da embriaguez do Poder.”
Edson Vidal Pinto
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