Viram como o julgamento do Senador Moro na Justiça Eleitoral está perdendo os holofotes? Primeiro existia uma pressa danada do Governo Federal de nomear um advogado para ocupar a vaga de Juiz para dar o quórum necessário para o julgamento, inclusive com diversas tentativas para antecipar a decisão pois parecia ser uma questão de honra cassar o quanto antes o adversário que o Luiz Ignácio tanto odeia. Pudera pois o Moro foi o autor da condenação e da prisão do atual Presidente da República, além de ser o inimigo número um da camarilha petista. Todavia o que era para ser ontem está sendo postergado sem nenhuma pressa. O que aconteceu? Por quê esta falta de interesse? O governo mudou de estratégia? Mais ou menos isto. O Moro nesta hora deve estar respirando mais aliviado pois a corda que apertava o seu pescoço está afrouxando aos poucos, dando a esperança ao réu que a sorte poderá lhe ser benfazeja. É claro que estou analisando o prisma político do julgamento e não o mérito do processo. Vou destrinchar o que penso. Na audiência do Senado Federal que sabatinou o candidato Dino, indicado pelo Luiz Ignácio para ocupar uma vaga de ministro do STF, o Moro que antes abraçou efusivamente o sabatinado e mostrou simpatia pela sua indicação, não demonstrou nenhuma intenção em querer impedi-lo de conseguir a aprovação pois fez perguntas simples e nada acadêmicas. Ademais, a atuação do referido senador na Câmara Alta tem sido pífia, sem voz, nem espaço e absolutamente acanhada. Um político que não cheira e nem fede. Em outras palavras: um senador inofensivo para o governo. Em paralelo surgiram algumas sombras na biografia do então Juiz Moro, quando presidiu o processo das contas CC5 do Banestado, com acusações que subtraíram em muito o prestígio que este gozava perante o grande eleitorado paranaense. Embora o ódio do Luiz Ignácio contra ele ainda perdure , surgiram questões políticas mais importantes que fizeram arrefecer a intenção do mandatário de querer sua cabeça, para o bem maior da Causa. O julgamento referente a cassação do Moro perdeu de importância. É preferível politicamente que ele fique no cargo para que no seu lugar não seja eleito um inimigo mais poderoso e bem articulado. E isto poderá acontecer pois dos prováveis postulantes que se arvoram em disputar a vaga (se ocorrer a cassação) dois deles (politicamente mais cotados) serão adversários mais temidos para o PT: um de Maringá e secretário de estado do Ratinho e um outro de Londrina apoiado pelo Bolsonaro. Daí, sob tal ótica é justificável que o julgamento do Moro tenha perdido o interesse, devendo a decisão de mérito da causa, estar adstrita unicamente sob o ponto de vista jurídico. Inexistirá, assim, interesse político como existia anteriormente. É claro que s Gleisi também não morre de amores pelo Moro, mas, nem ela representará qualquer perigo para o julgamento. Pelo menos é o que parece olhando de longe. Neste plano de conjecturas é possível que o Moro, pelo menos no julgamento pelo TRE do Paraná, não corra nenhum risco de perder o cargo por influência vindo de Brasília, restando-lhe apenas acreditar na sua defesa técnica…
“O “caso” Moro perdeu a importância, pois o governo federal não vê nele nenhum “bicho papão”. O home se encolheu e apequenou para continuar no cargo. Resta apenas julgar tecnicamente o mérito. E quanto a este o TRE/Pr. tem precisão cirúrgica.”