Análise fria e crua
Fico imaginando a verdadeira intenção das pessoas que foram envolvidas na teia dos acontecimentos ocorrido no fatídico dia 08 janeiro de 2.023 em Brasília, quando inocentes úteis caíram numa esparrela organizada adredemente pelo pessoal do governo federal, e foram processados e condenados como “golpistas” por terem atentado contra a Ordem Democrática. Um cenário estranho, por se tratar de um domingo quando não há expediente em repartições públicas, estando o Luiz Ignácio ausente da Capital onde foi participar de uma reunião no Sindicato dos Metalúrgicos em São Paulo; com comissionados e militares reunidos no Palácio Alvorada ; e por estar, também, o então ministro da justiça, o enigmático Dino, no seu gabinete de trabalho quando começou o quebra-quebra na sede dos Três Poderes da República. Onde estavam os revoltosos? Aqueles que participaram das depredações e outros que ainda não tinham arredado os pés da frente do quartel do Exército, tinham chegado na cidade no final de semana com objetivo de participarem de manifestação pública contra a eleição do novo mandatário, por existir dúvida quanto a lisura do TSE e o resultado das urnas.
No local designado para dar início ao ato de protesto foram chegando os participantes em uma área localizada nas proximidades dos principais prédios públicos, de repente uma palavra de ordem foi dada (?) para invadir os imóveis gerando tumulto com pessoas (?) correndo em direções aos mesmos, algumas pedindo calma para não danificar bens públicos, mas no meio de tanta gente existem os oportunistas e os infiltrados. Os primeiros com ódio dos governantes aproveitaram para destruir tudo o que estivesse ao alcance; enquanto que os segundos, cumpriram as ordens dadas pelos seus chefes. E neste cenário ocorreu de tudo, os patriotas espremidos entre baderneiros e agentes do governo, tudo sem nenhum objetivo claro e definido. Que houve depredações é inconteste, mas se a a intenção dos invasores era derrubar o governo, sem liderança forte e nem armas, parece verdadeira teoria da conspiração. Uma invenção fantasiosa. Logo em seguida ocorreram prisões de muitos e outros tantos sequer foram identificados, apesar dos dispositivos de gravações existentes nos prédios depredados. A polícia federal elaborou um inquérito incompleto e açodado para atender com máxima urgência os interesses do governo em arrefecer os ânimos dos contrários ao governo petista. Também o MP federal ofereceu denúncias apressadas (de duvidosa técnica) para atender a urgência imposta pelo acontecido, com o Xandão recebendo as mesmas, processando e condenando os réus numa velocidade processual jamais vista. E por incrível que pareça: como muitos estavam sendo processados e outros tantos se o fossem emperrariam o Tribunal e impediriam o mesmo de julgar outros casos importante, estes que estavam presos se sujeitaram em admitir o “golpe” através de delações premiadas e receber a reprimenda penal sem necessidade do respectivo processo. E quem estava em Brasília para protestar mas não foi preso, processado e nem confessou voluntariamente a invasão, fugiu para o exterior. A pergunta que não quer calar: é crível imaginar que pessoas descontentes que viajaram para Brasília a fim de protestar contra o governo eleito, sem líderes identificados com o povo, desarmados e sem o apoio das FFAA poderiam estar tentando derrubar o Governo? E tudo na cara do Comando Geral das FFAA? Só alguém fora do juízo perfeito poderia pactuar com esta ideia, pois não se derruba Presidente sem expressivo apoio popular, movimentação de lideranças de escol e com armas usadas pelos golpistas para matar e morrer. O que houve em Brasília foi um engodo preparado pelo governo onde inocentes úteis caíram como patinhos. E a consequência do pseudo golpe foi favorável apenas aos governistas porque o movimento iniciado com concentrações na frente dos quartéis do exército deixaram de existir, e os verdadeiros patriotas com medo das canetadas do Xandão saíram de cena. A tragicomédia acontecida em Brasília prejudicou gente humilde, idosos, chefes de família, empresários que pagaram a locação de ônibus, todos patriotas que induzidos em erro protagonizaram (sem intenção premeditada) cenas exploradas como sendo golpe de Estado. Quem danificou bens públicos que pague pelo crime; isto depois de provada a
autoria e regularmente processado de conformidade com o princípio do contraditório e da ampla defesa. Então como tipificar o delito em comento ? Tentativa de golpe contra o estado democrático de direito? Ou, crime de dano em patrimônio público? O leitor que avalie todo o conjunto probatório e julgue a intenção dos réus processados. Lembrando que as provas foram compiladas para prejudicar alguns e aliviar a participação de outros, obviamente para encobrir a verdade e ludibriar a boa-fé dos Manés…
“Golpe de Estado ou vandalismo? Verdade ou deslavada mentira? Perguntas sem respostas, porque num domingo pela manhã em Brasília, funcionários do governo reunidos em gabinetes de trabalho, não passa de arapuca montada. Pois se homens públicos trabalhassem em pleno domingo, para o bem do Brasil, o país não estaria no mato sem cachorro.”