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Antonina do Tamanco Português. (

Postado por Edson Vidal Categorias // Flagrantes do mundo jurídico - Por Édison Vidal Lidos 236

Lembro de minha infância sentado no banco de couro da 1a. Classe do vagão férreo da Rede Viação Paraná-Santa Catarina, quando a composição estava parada na estação de Curitiba, e eu olhava fixamente para o grande relógio redondo que marcava a hora da partida para as cidades de Morretes, Paranaguá e Antonina. Naquele momento eu só pensava no meu avô Gustavo Vidal Pinto que estaria me esperando na chegada do trem na plataforma da estação de Antonina, quando então da janela onde meu pai me colocava sentado, ele do lado de fora me agarrava pelos braços e eu sentia as suas mãos me puxarem para fora em direção de seu peito para um abraço afetuoso. Eu amava meu avô paterno, um homem bom, espírita convicto, filho de portugueses que se estabeleceu na cidade vindo de povoados localizados à beira mar onde residiam alguns familiares que nunca conheci. Sentado e com o trem ainda na estação eu sonhava com o abraço de meu avô. Como o encosto dos bancos eram móveis 
permitiam que eu, meu pai, minha mãe e minha irmã pudéssemos sentar 
em dois bancos que ficavam frente à  frente, O movimento de pessoas na plataforma com uns entrando e outros saindo dos vagões era intenso, quando de repente os ponteiros do relógio marcavam 07:00 horas e de imediato o chefe da estação, com seu guarda-pó branco e quepe azul com a sigla “RVPSC”, fazia badalar  o sino com três pancadas fortes, para depois com um apito assoprar longamente por três vezes, fazendo o vapor da “Maria Fumaça” rodar suas pesadas rodas de aço em direção à Serra do Mar. Em poucos minutos começava uma viagem inesquecível para os olhos, sob o som gemido de “café-com-pão-café-com-pão” , e o tradicional “piiiiiuuuuiiiiii”  que alertava pessoas e animais para se afastarem dos trilhos. Na estação de “Banhados” a composição parava por quinze minutos para os passageiros tomarem café com bolinho de graxa.. Daí começavam os túneis, precipícios, a emoção de atravessar  a “Ponte São João” e nova parada na estação do “Marumby” onde desciam os montanhistas e os escoteiros para escalar o pico  mais alto da região, com seus 1.800 metros de altura. E a viagem prosseguia em acentuado declive até chegar na estação de “Morretes” onde a composição férrea era dividida entre vagões com destino à Antonina e outros à cidade de Paranaguá. O trecho entre Morretes e Antonina não tinha nenhum atrativo e por ser monótono os passageiros cochilavam, menos eu que esperava para me jogar nos abraços do meu avô. E a chegada em Antonina era uma festa porque era hábito entre os moradores se dirigirem à estação pela curiosidade de saber quem eram os passageiros que chegavam. No alto falante da estação sempre tocava uma musica de boas-vindas. 
A casa de meu avô, hoje apenas um terreno e nada mais, estava localizada atrás da Igreja de São Benedito há poucas quadras da praça principal da cidade. No mercado municipal , bem cedinho, chegavam dezenas de canoas de pescadores que traziam peixes, camarões, mariscos e caranguejos; e muitos traziam de suas plantações, mimosas, carambolas, laranjas, bananas, jaboticaba e pencas de palmitos numa fartura só. Também lembro de ouvir o “toc-toc” dos tamancos dos pescadores (tradição portuguesa) sobre o paralelepípedo das ruas de Antonina, quando vendiam em cestas artesanais de palha trançada  , tudo o que era possível para vender. Uma visita obrigatória era a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, a Padroeira da cidade, localizada numa elevação que propicia uma vista maravilhosa da baía de Antonina/Paranaguá, de onde é possível avistar o Porto desta última cidade. Com o passar do tempo Antonina continua sendo uma cidade bucólica, com casarios antigos, onde a tranquilidade reina e a beleza natural impera. 
Com um povo hospitaleiro, simples, conversador e contador de “causos” o progresso parece que parou quando as Indústrias Matarazzo deixaram de funcionar e os navios foram atracar do outro lado da baía. E quando penso em Antonina me transporto para a casa de meu avô, sempre de portas abertas para a rua, onde os que precisavam de uma palavra amiga, de um “passe”, ou de um prato de comida e água para beber sabiam que ali iriam achar. Porquê meu avô, um velho marinheiro mercante e depois fiscal de mercado, era um bom homem e meu avô amado…



“Dos meus dois avôs materno e paterno, pude conviver mais com o segundo, pois o primeiro, o lapeano, faleceu quando eu era muito pequeno. Mesmo assim lembro de ambos.
E guardo suas figuras em minhas lembranças.”

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Blog da Bebel

Advogada paranaense lança segunda edição do livro de poesias “Você é o que Você Sente”

A advogada Rafaela Aiex Parra, reconhecida por seu trabalho ligado ao Direito Agrário e ao Agronegócio, com uma série de livros jurídicos publicados, lança no dia 26.11, no espaço multicultural Honey Vox, a segunda edição de seu livro de poesias, “Você é o que Você Sente”. O material reúne 40 contos, de leitura dinâmica e envolvente. Na primeira edição, a autora reuniu 25 poemas, publicados em 2018.

 

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Obra Hudson Melo exposta na Artestil encanta público

O artista piauiense Hudson Melo e a galerista Liliana Cabral abriram a mostra individual Muitos Caminhos, com doze obras em óleo sobre tela, na Artestil Galeria de Arte, no Batel. O público se encantou com o conjunto da obra urbana, colorida e contemporânea do artista, que segue em exposição até 22 de novembro.

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Thayana Barbosa em dose dupla, no Paiol e no Kraide

A cantora e compositora Thayana Barbosa começa no palco do Teatro do Paiol, em Curitiba, a turnê de lançamento presencial de seu mais recente trabalho, o disco Toda Pele. Depois de Curitiba, ao longo de 2025, outras oito cidades, de todas as regiões do estado, receberão o show da turnê, sempre com entrada franca.

 

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Flagrantes do Mundo Jurídico

No Tempo da Mimosa

Ouvi dias atrás na rádio BandNews Curitiba, o âncora do programa matinal, comentar com indignação o quanto subiu o preço da carne, do abacate e da laranja, com alegação de que a inflação e a falta de alguns produtos estão encarecendo a vida dos paranaenses. É claro que a inflação por si só já é o fator principal da carestia, reflexo de um desgoverno federal inoperante, e da alta  do dólar, moeda que está atrelada na economia dos países emergentes, que influem de forma direta no custo de vida.

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Para Os Amigos Tudo

 A panelinha dos compadres, amigos e militantes está funcionando a todo vapor, nunca nenhum governo que não fosse petista, soube aproveitar tão bem para aparelhar o Estado brasileiro com pessoas subservientes e agradecidas. Um exemplo clássico? A atual composição do STF onde  a maioria dos inquilinos ou foi nomeado pelo Luiz Ignácio ou pela  Dilma, levando em conta que o Temer também um escolheu um a dedo, o Xandão, quando o seu partido MDB estava , mais do que nunca, alinhado (como sempre esteve) com Lulapetismo

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A Morte do Português

 Você sabia que na última sexta-feira o STF começou a julgar o uso da linguagem neutra nas escolas brasileiras? Ah, não sabia não? Mas é verdade, sente, relaxe e não pense que vem coisa boa por  aí, pois referida Corte de Justiça em precedentes publicados, já alinhavou a possibilidade de admitir a “morte do português”. É claro que por inconformismo da animada turma LBTI e pela Associação Brasileira de Famílias Homoafetivas, que se insurgiram contra uma lei do Município de Votorantin (SP) proibindo o ensino da linguagem neutra nas escolas públicas e privadas, a questão novamente será abordada judicialmente para não despertar a ira das minorias

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No balcão sem frescura

Não poderia ser outro!

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O público paga quando quiser no ingresso, ao final do espetáculo

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Viajar de carro no Brasil

Cada vez mais as road trips são um novo segmento de destaque entre os Brasileiros. O resgate de viajar de carro é poder explorar e conhecer sem pressa os encantos de cada região

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Chope nas alturas

Sim, a notícia mais comentada da semana no setor de Turismo, depois das Olimpíadas, foi a divulgação da companhia aérea holandesa KLM que a partir de agosto, passará a servir chope de barril em seus voos

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