Assassinatos
Em qualquer lugar do mundo e em todos os momentos ocorrem crimes contra a vida, porque o gênero humano é cheio de frustrações e carrega dentro de si violência latente. Basta um segundo de contrariedade para exteriorizar todo o desprezo à vida, a integridade física e o patrimônio alheio. Os assassinatos sempre estiveram presentes nos palcos da História da Civilização envolvendo ricos, pobres, brancos, negros, vermelhos e amarelos. Porque o homem é lobo do próprio homem; um predador que no auge de seus delírios de conquista, medo, interesses e prestígio é capaz de tudo até de perder o senso de sua própria razão.
Nos países, cidades, bairros e comunidades rurais a violência sempre está presente porque a maldade humana brota na maioria das vezes do nada como um vulcão em erupção. Na modernidade os indivíduos estão cada dia mais perdendo a noção do equilíbrio, cada um reage perante fato negativo de diversas maneiras, uns
ignoraram para não se comprometer e outros exteriorizam todos os seus recalques e ódio. É assim que acontece quando o perigo aparece na frente: um homem com uma arma na mão intimida e faz o valente pensar, mas pode despertar uma reação nunca prevista de um homem pacato e anverso a violência.
Todo o comportamento humano perante o perigo é imprevisível. Tudo porquê não existe bem mais precioso do que a vida -, sua falta só é avaliada pela família, amigos e dependendo do vulto de importância do morto para a sociedade, o país e o mundo causa comoção e irreparável perda. Luther King, Gandhi, Lincoln, Sabin,
Pasteur, Papa João Paulo II e tantos outros que deixaram rastros profundos pelo que de bom fizeram à humanidade criaram impacto e fizeram desconhecidos chorar. No entanto na atual quadra do século que engatinha vemos em nosso país que o assassinato de um negro, ocorrido em um Shoppig da cidade de Porto Alegre, acendeu um rastilho de pólvora para que ativistas pudessem bradar o grito de racismo e praticar absurda violência.
É claro que a morte de um chefe de família é revoltante e causa indignação. Mas pelo fato da vítima ser um negro não induz que as ações homicidas tivessem motivação racista. Ademais as circunstâncias do fato em si ainda não estão esclarecidas. Contudo a morte de um negro despertou gritos, protestos, notícias sensacionalistas, despertando que a desacreditada OAB emitisse “nota de repúdio” pelo ato “racista” dos assassinos. Inclusive alguns integrantes do STF não perderam a oportunidade de censurarem tão hediondas ações. Mas por que tanta comoção? Por que a vítima era um negro ou porque a vítima era um chefe de família? Se todo negro assassinado por traficante, num confronto com a polícia, num bar, no trabalho, na saída da igreja ou em uma festa entre amigos merecer tamanha indignação de racismo, sinceramente não sei mais o que é racismo.
Essa palavra apareceu politicamente para dividir e enfraquecer os iguais da raça humana, como fórmula para enfraquecer a Nação a fim de torná-la presa fácil para o socialismo. Só não vê quem não tem interesse de enxergar. Assassinatos sem propiciar chance de defesa e por motivo fútil servem apenas para qualificar o crime e nunca para dar rótulo político de divisão entre pessoas. E se os assassinos forem negros, pretos ou pardos? Já pensaram nisso? Não é possível conviver com o ódio, o momento exige bom senso para não incitar a violência ...
“Serenidade é o melhor comportamento que o indivíduo deve ter depois que presenciar, ouvir ou ter conhecimento de um assassinato. Pois toda morte decorrente de violência gera indignação. A morte por mais brutal que seja contra uma vítima de cor não induz racismo, sem existir inequívoca motivação.”
Edson Vidal Pinto
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