Barulho Infernal!
Postado por Edson Vidal Categorias // Flagrantes do mundo jurídico - Por Édison Vidal Lidos 438
Sábado, 04 de novembro de 2.017.
Imagino que você neste momento não esteja pilotando a motocicleta dos seus sonhos, o veículo que lhe dá a sensação de poder e liberdade. Tudo bem, você gosta, usa a roupa de couro e sai pelo mundo afora. Tem tatuagem, lenço amarrado na cabeça, calça apertada, capacete desenhado, está sempre acompanhado de amigos e cada qual na sua própria moto; tudo bem, quem sou eu para censurar.
Cada um escolhe o seu próprio entretenimento. Mas vamos e venhamos você alguma vez dentro de casa, de madrugada, deitado na cama, no silêncio, querendo que o sono chegue e quando ele se aproxima você ouve bem longe um toc, toc, toc, que ecoa na sua cabeça e leva alguns intermináveis minutos em som estereofônico e que passa perto e algum tempo desaparece bem ao longe com seu toc, toc, toc... E lá vai o sono!
Pois é na rua onde moro tem um sujeito com uma moto irritante, não sei quantas cilindradas, marca e nem tamanho, mas é uma máquina infernal. Toda noite, de madrugada, ele faz sua costumeira serenata de toc, toc, toc. Meu adeus, que motor irritante. Aliás, não existe silenciador para abafar o ruído do motor das motocicletas? Ou o bom mesmo é ouvir o som da máquina e chamar a atenção das pessoas, que não conhecem o poder de pilotar.
Parece que dá status desfilar numa Harley, Susuki e outras marcas de melhor e pior linhagem. O piloto adquire ares de superioridade, principalmente quando acelera a moto perto de seu carro, para anunciar quem manda no pedaço.
E quem tem moto um pouco mais possante sonha um dia viajar pelo deserto do Atacama, lugar dos sonhos para qualquer aventureiro, pedra de toque para causar inveja os menos audaciosos. Mas, tudo bem, como eu disse: cada um escolhe o seu próprio hobby. Só não me conformo é com o toc, toc, toc do ruído da moto que passa em frente de casa, na madrugada e rouba parte do meu sono.
E o pior é que ele passa no mesmo horário. Acho que estou ficando ranzinza, meio maníaco e velho. Mesmo assim não perco a esperança de saber onde esse motociclista mora, pois quero “retribuir” o toc, toc, toc que está impregnado nos meus tímpanos. E quando souber, vou comprar a mais barata das motocicletas e passar com a mesma toda a madrugada na frente da casa desde chato. Minha vingança será “maligrena”! Ah! E como será...
“A motocicleta é o veículo da moda. Quanto mais barulhenta mais destaca o status de seu proprietário. Quem nunca ouviu em plena madrugada o ruído infernal do seu motor? Quem nunca ouviu e nem se chateou: que atire a primeira pedra!”
Edson Vidal Pinto