Batendo na Mesma Tecla!
Ontem, 23 de agosto de 2.017, quarta feira.
Tem pessoas que não parecem se importar com o que está acontecendo no país, ignoram ao que tudo indica o mar de lama em que a Administração Pública e a caterva política estão mergulhadas, mas não se esquecem do odioso revanchismo. Vivemos em um país que há pouco mais de dez anos não conhecíamos o ódio, diferença social e o racismo, pois o povo queria apenas ter garantia de trabalho, escola para os filhos, segurança e um pouco de assistência médica.
Nunca se fez exigências maiores e imperava o paciente bom senso. Característica de então da famosa fleuma pacata do ordeiro povo brasileiro. Com a inversão de valores ocorrida na escolha reflexa das urnas eleitorais uma horda de bárbaros, famintos pelo poder e dinheiro, logo se assenhorearam dos postos chaves de comando e passaram a fomentar ódio e promessas de um país igualitário que atraiu como por encanto os incautos e pobres de espírito. No campo, nos sindicatos, nas Universidades soou o canto da sereia e deste então tudo passou a acontecer sem qualquer censura ou oposição.
E o Brasil chegou ao ponto em que está: sem perspectivas e num beco sem saída! Pois é, dentro deste contexto, ouvi há poucos minutos atrás na Radio Bandnews que conhecidos segmentos da sociedade local ingressaram na Justiça Federal com ação pretendendo retirar placas que homenageiam em lugares públicos ex-presidentes da época da Revolução Militar. E os argumentos são dignos de melhores anedotas sem nenhuma graça: porque seria glorificar atos de indivíduos que não foram legitimamente eleitos; estariam poluindo prédios públicos; são personas não gratas na História do Brasil além de um rosário de outras bobagens decorrentes de conhecidos e ensebados arrotos ideológicos. Só esqueceu-se de incluir no rol destas personalidades as placas públicas com os nomes do Collor, Lula e Dilma por motivos conhecidos e moralmente justificáveis.
Mais ainda, esqueceu-se de pedir que a Justiça invalide a entrega da Comenda Cruzeiro do Sul, a maior honraria Pátria que foi entregue para tantos vilões e dentre estes para Fidel Castro, um notório e sanguinário assassino. E tudo por puro revanchismo e ódio. O que vai adiantar de positivo a retirada destas homenagens? Vai agradar quem? Será que vai contribuir para melhorar a sorte do povo brasileiro? Eu também quero mudar o nome da minha Rua Padre Agostinho, porque se vivemos um Estado laico como pode um clérigo ser homenageado com seu nome numa via pública? Sem dizer da tolice do Ministério Público de São Paulo de intentar ação civil publica para retirada de Crucifixos das paredes dos fóruns do Poder Judiciário!
Parece que além da lama já referida estamos também sucumbindo nos porões das perseguições sem freio. Daqui a pouco pode ser que outro grupo queira judicializar o porquê da Anistia, pretendendo rever seus beneficiários pelas estrepolias que aprontaram no país. E de confrontos e revanchismos sem nenhuma necessidade lógica, nos aproximamos cada dia mais da bancarrota total.
Se a retirada de homenagens aos militares e dos Crucifixos servissem para por o Brasil nos trilhos, as ações judiciais até poderiam merecer aplausos, mas neste cenário de tamanha indefinição, corrupção, violência, desemprego, desgoverno e acertos políticos escusos é o símbolo da nossa própria pequenez. Ou voltamos os olhos para frente a fim de atravessarmos junta a ponte sobre o abismo da podridão, ou vamos viver no purgatório de nossas próprias diferenças. Chega de mediocridades e atitudes que não levam há lugar nenhum!
"Homenagem prestada há alguém, como placa de bronze colocada em lugar público, simbolicamente marca um momento da história. A História nada mais é do que uma sucessão de fatos. O herói de ontem pode ser para alguns o vilão de hoje, e vice versa. Pretender extirpar a homenagem prestada porque os tempos são outros, não passa de puro revanchismo!”
Edson Vidal Pinto