Cabeça Cheia
Só quem não quer enxergar é que não vê que o país está em plena ebulição, pois são inúmeras as preocupações que estão acontecendo e deixando todos com os nervos à flor da pele. É verdade: estamos atolados em situações esdrúxulas que nos tem amargurado e tirado nossa paciência, quiçá até o nosso senso de discernimento. Já não sabemos distinguir o que é certo e o que é errado, muito menos quem na vida pública está falando a verdade.
Tem momentos que parece que estamos no meio de uma guerra sem saber qual o nosso lado e quais as notícias são verdadeiras. E quando ouvimos ou lemos algo de bom tem sempre alguém dizendo: “É fake!”. Pudera pois fomos num primeiro momento atingidos por um furacão chamado Covid-19, um vírus que não se sabe como surgiu, mas que se espalhou pelo mundo matando, derrubando a tecnologia médica, desafiando cientistas e mostrando quão promíscuos são nossos bolsões de pobreza.
Nesses guetos e regiões é onde mais morrem pessoas infectadas. E com a pandemia no país os políticos oportunistas saíram de seus casulos para colocar a nu suas ambições, tomando cada qual para si as rédeas dessa desgraça e passaram a ditar ordens e determinar até prisões àqueles que não se submetessem aos seus jugos.
Exemplos clássicos estão acontecendo em São Paulo e Rio de Janeiro, capitais de grandes favelas que os demagogos esquerdistas rotulam de comunidades. Áreas fétidas, sem saneamento básico, nem atendimento social, são focos de difusão do vírus. E antes deste tipo de “praga” os governos estaduais nunca se importaram com políticas públicas que pudessem minimizar e evitar que o pior acontecesse. E como aconteceu a ordem é que todos permaneçam em isolamento, como se o povo não tivesse que trabalhar para comer.
E a imprensa em briga porque as verbas institucionais não estão sendo repassadas pelo Governo, fazendo secar a fonte de dinheiro fácil que lhes dava sustentação, procuram então de todas as maneiras distorcer as notícias a fim de atemorizar os brasileiros e criar obstáculos à governabilidade do país. Os donos dessas empresas - na grande maioria - sempre foram gigolôs do dinheiro público e sabem que é mais fácil tirar o Presidente da República do cargo, do que este mudar sua linha de arrocho para reabrir a torneira de benesses que tanto clamam. Imbróglio que tornou o ar da Nação sufocante. Some-se a tudo a insegurança jurídica que impera sem freios, com o Judiciário interpretando leis ao sabor das conveniências, adequado regras de contratos, decidindo sem uma linha única de jurisprudência e seus integrantes falando fora dos autos o que lhes vem na cabeça.
E como pá-de-cal a crise política gerada por motivos insignificantes - como a exoneração a pedido ou não de Ministros de Estado - tão corriqueiro no regime Presidencialista contudo, quando acontece, envolve as autoridades máximas dos poderes legislativo e judiciário tentando demover ou impedir que ocorram as substituições. Só falta o Chefe do Executivo tentar interferir nas nomeações de funcionários do legislativo ou manifestar seu desagrado público do muito que ganha por mês um dos tantos funcionários das Cortes Superiores encarregados de colocar e tirar a Toga dos ombros de seus Ministros. Com certeza o Brasil está manietado na ditadura do Poder Judiciário.
Esta uma verdade insofismável. Mas e daí? E daí é que o cenário do palco onde vivemos é negro -, por isso o povo está de cabeça cheia. Os esquerdinhas, “os do contra”, os sindicalistas e o MST só não colocam as manguinhas de fora para fazer arruaças e agitações, porque tem medo de fazer desordem e não suportar a reação da Tropa. E se o Presidente do Brasil fosse um banana qualquer, o circo já teria pego fogo há muito tempo ...
“Não sou bolsonarista vesgo e desmiolado; sou, sim, um observador realista do cotidiano. Convenhamos, se o Presidente fosse um murcho qualquer, que caminhasse amparado por terceiros e não tivesse modos tão grosseiros, com certeza o nosso barco já teria ido a pique há muito tempo. A hora não é de um estadista, mas de um indivíduo que tenha culhão roxo. Aquilo que não teve o tal do Collor.”
Edson Vidal Pinto
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