Cada Galho Com Seu Macaco
Será que a ordem dos fatores altera o produto? Uma questão para pensar neste resguardo em dose homeopática que as autoridades estão nos presenteando com a aparente frouxidão da pandemia, tudo em atenção ao número já expressivo de vacinados. Pois bem sobre a questão posta vamos raciocinar juntos. Que tal começar com um exemplo? Vamos então a ele.
Quando você vê na televisão numa imagem do pantanal mato-grossense um bando de pássaros ao cair da noite empoleirados nos galhos das árvores e pensa: foram os galhos que escolheram seus pássaros com atrativos naturais como o cheiro, uma curvatura para eles assentarem melhor as suas delicadas patas ou por ter folhas mais brilhantes? Ou foi o passarinho que escolheu o galho como amor de humanos que muitas vezes acontece numa primeira vista? Mas seja como for o galho e o passarinho nasceram um para o outro. E o macaco? Da mesma forma. Mal comparando é o mesmo que se dá com o jovem socialista que oriundo de família burguesa prega a cretinice de uma ideologia ultrapassada. Explico.
Foi a família burguesa que criou no seu seio o socialista inconformado; ou foi o socialista que usufruiu tudo de bom de sua família burguesa para querer ser diferente? Via de regra o desafortunado na vida tende quase sempre em se tornar contestador -, pois a visão de uma sociedade igualitária atinge o âmago de quem nada tem. No entanto parece difícil acreditar que àqueles que nasceram em berço afortunado optem por querer dividir (só para inglês ver) o que seus pais amealharam por toda a vida com pessoas excluídas. Eis aí uma situação peculiar por não ter explicação lógica. Conheço filhos bem criados com todo conforto material e carinho que depois de estudaram nos melhores colégios e frequentarem a faculdade são diplomados como Lulapetistas militantes.
Não enxergam o que o Luiz Ignácio fez de pior para o país com seus asseclas a tiracolo; e ai se você falar mal dele ou da vida em Cuba que não faltará resmungos e cara feia. E quando a ideologia entra na família pela porta da frente infelizmente as relações de afetividade entre seus membros perde a graça e tudo fica sem muito sentido. Às vezes me pergunto que geração é essa que aceita a corrupção, convive com escândalos e acha que o modelo social é este e ponto final. Grandes homens, milionários, artistas e intelectuais que se dizem socialistas mas não deixam de jogar golfe no seu clube preferido, nem abrem mãos de seus escritórios luxuosos localizados na região mais nobre das cidades.
Mas falam para quem quiser ouvir que são comunistas. Com certeza acham que mudando o regime do país eles gozarão do privilégio de pertencer à classe dominante -, claro porquê esta é a casta do poder “proletário”. Cuba é assim, a Venezuela, a China, a Coreia do Norte, a Rússia e todos os países totalitários rotulados de socialistas.
Em cada um deles um homem centralizador domina a sociedade com mãos de ferro e conta com a indispensável colaboração dos defensores intransigentes de seu líder. Ou alguém pensa que no mundo comunista não tem privilégios, corrupção e submundo? Basta lembrar a fortuna da família Castro, Kim, Putin e outros frangotes de menor expressão. Hong Kong uma ex-colônia britânica devolvida à China não aceita o jugo comunista porque a liberdade não pode ser negociada e nem a iniciativa privada cerceada. Mas a juventude brasileira ou não conhece esta realidade ou está encantada com o canto da sereia, sonhando com igualdade de gênero, raça, economia e oportunidades.
Estão servindo de bucha de canhão do Dirceu e da Benedita sempre dispostos a sacrificar a democracia por uma utopia burra. É a marcha da História pois onde não existe liberdade o povo revoltado clama pela democracia; e onde se pode respirar o ar puro de poder ter o direito de opinião, trabalhar e lutar para encontrar com o próprio esforço o direito de viver bem, os mais jovens querem que conhecidos déspotas reinem ao lado de um séquito de dilapidadores.
É como se o galho seduzisse seu próprio macaco para que este nunca abandonasse a árvore que os sustenta ; e quando um lenhador se aproximasse para abrir uma clareira a fim de propiciar mais claridade para sol aquecer melhor todas as demais árvores, o macaco entumecido e sem raciocinar lutasse pelo seu fingido galho contra aquele que apenas quer melhorar a vida da vegetação existente no local …
“Ser socialista num país que prima por liberdade, assegura o direito de opinião, de ir e vir, de poder escolher seu próprio Presidente e propicia oportunidade igual para todos; ou não vive a realidade ou acredita que se gritar “Abra-te sésamo”, vai aparecer uma caverna lotada de tesouro.”
Edson Vidal Pinto
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