Candidatura Impugnada.
Quando o sujeito anda torto pelas esquinas da vida e deslustra a própria biografia com afronta a lei e a boa convivência social, aquela por ser notório amigo do alheio e esta por encarar a habitualidade etílica como esporte favorito, até a sua sombra é motivo de rejeição. Não existe na vida pública um exemplo melhor do que o Luiz Ignácio, o filho do Brasil, que um dia saiu de Garanhuns para conquistar o saltitante Obama (que por mais inusitado visitou até o Fidel ), também, porque ludibriou parte do eleitorado e surpreendeu o mundo com bravatas e mentiras deslavadas.
Mas como toda mentira tem perna curta quando precisou correr da Policia Federal não conseguiu ficar em pé e caiu na rede da Operação Lava Jato, tendo sido condenado e levado à prisão para cumprir pena de reclusão. Foi um período de grande tortura e sofrimento moral quando sentiu na pele o drama do Mandela e por isto quase foi canonizado em vida, mas graças ao tecnicismo invejável dos artistas togados do STF foi-lhe concedido o justo direito de ser candidato ao cargo de Presidente da República ficando os processos, então anulados, para serem decididos depois de sua eleição se não ocorrer o fenômeno da prescrição, alteração da lei ou quem sabe do perdão outorgado em causa própria.
Sim, pois como Presidente eleito poderá perdoar seus próprios deslizes. E ninguém duvide disto. Com o passado semi-sepultado o Luiz Ignácio se tornou um novo homem, rejuvenescido até casou, sempre disposto a recomeçar sua caminhada pública e fazer melhor do que fez anteriormente no governo, com certeza no término de seu mandato levará na mudança não móveis e utensílios de propriedade da União
mas o território brasileiro por inteiro.
E o povo vai ter que se mudar para a Venezuela, Chile, Cuba e Argentina. E os mais desafortunados para o Haiti. É assim que imaginam os pessimistas porque os otimistas apostam que ele “é o cara” que vai dar certo e endireitar o que o Bolsonaro desarrumou
porque é o ser ungido e abençoado pelo Foro de São Paulo.
E pensar que não apenas o Luiz Ignácio, como os Institutos de Pesquisa e até os intelectuais acreditam piamente que daqui cinco dias ele estará eleito, pois basta um único turno das eleições para derrotar seu terrível e odiento adversário. Ah, essa turminha só não contava com a astúcia do candidato à deputado estadual Ogier Buchi que ingressou no TSE com um pedido de IMPUGNAÇÃO da candidatura do Luiz Ignácio, por fato superveniente, vez que ele é um notório borracho (dependente alcoólico).
E na petição o seu ilustre advogado descreveu com maestria o histórico do impugnado e seu amor aos destilados, trazendo à lume declarações públicas do finado Brizola e também do Gilmar (STF) que testemunharam os homéricos porres do candidato, inclusive, com declaração do próprio bebum veiculado na Agência Nacional quando disse aos jornalistas na festa do Octoberfest em Blumenau que “morram de inveja”, enquanto bebia um canecão de Chopp. E na parte da fundamentação jurídica aludiu que a medida visa proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato considerando a vida pregressa do candidato.
Tudo perfeito e protocolado. Caberá ao TSE destrinchar o imbróglio e para isto terá que rechaçar a leviana afirmação de que o Requerido é um dependente do álcool, pois nunca ninguém viu no país o Luiz Ignácio beber em publico, nem um copinho de Guaraná e muito menos de capilé. Só periga que o Presidente da Corte Eleitoral ofendido com os termos do pedido mande a Polícia Federal abrir inquérito policial contra o meu amigo Ogier por crime de lesa pátria, e determine a cassação de sua vitoriosa candidatura …
“Quem disse que o Luiz Ignácio gosta de beber um traguinho, uma cervejinha ou um licorzinho ? Alguém já viu ? Claro que não, não é mesmo ? Infelizmente a impugnação de sua candidatura será um tiro n’agua, digo, um tiro no Chopp !”
Édson Vidal Pinto