Cara de Pau Tem Para todos os gostos e Ocasiões!
Hoje, 08 de maio de 2017, segunda feira.
A semana promete surpresa anunciada de longe pelo arauto da honestidade impoluta. Seu nome dispensa apresentação só que ele quer porque quer transformar um interrogatório, que é um ato processual corriqueiro de qualquer processo criminal, numa novela ao exigir que a audiência seja transmitida pela televisão, pensando que a Justiça é a casa da sogra!
E o pior: ele acha que sua presença exige um grau de importância acima de qualquer outro réu. Visão própria de um megalomaníaco desvairado. E com certeza vai ser chato receber no fórum um personagem que vai querer interpretar perante um Juiz Togado o papel cínico e debochado de homem injustamente perseguido.
Enquanto no recinto do fórum ele vai procurar monopolizar com frases repetitivas e demagógicas, olhando para o alto e para os lados para dar a impressão de calma; um pouco distantes dali seus asseclas estarão sequiosos em querer desencadear um palco de baderna e confronto com a polícia. Intenção premeditada para isto, não faltará porque são suficientemente treinados para gerar discórdia e provocações. Sem duvida o “Brahma” é uma visita obrigatória, mas indesejável! Este prólogo trouxe-me há lembrança outro tipo de visita, também indesejável. Outro personagem também cara de pau.
Trata-se de um fato acontecido no cotidiano que serviu de munição para o cronista relatar no seu diário sempre aberto para a leitura de todos. Espero que os leitores façam bom proveito. Eu tenho um amigo de nome Adamastor que tem residência em Curitiba e depois de trabalhar como empresário na área da construção civil teve um problema de saúde e por recomendação médica resolveu se aposentar. Seu sonho sempre foi construir uma casa na praia de Itapuã, em Salvador - Bahia.
E a aposentadoria lhe propiciou a oportunidade de realizar seu sonho. A casa era grande, tinha cinco quartos porque contava poder acomodar os filhos casados, pois sua família era grande. Terminada a construção ele a esposa passaram a ter duas residências, passando um pouco de tempo aqui e outro no litoral baiano. E quando estavam na casa da Praia o Adamastor recebeu o telefonema de um amigo, que se ofereceu para passar uns dias como hóspede. Adamastor tem um temperamento amigável, alegre e prestativo e como não poderia dizer "não" para o amigo, concordou em hospeda-lo.
Com tal resposta o amigo disse que havia um, porém:
- O que é? - Perguntou Adamastor.
- Eu vou levar minha namorada, Posso? - Adamastor sabia que o amigo era divorciado e namorador. Meio aborrecido acabou concordando. Dito e feito. Dias depois Adamastor e a esposa hospedaram o casal de "pombinhos". Estes não ficaram nem um pouco acanhados na casa de praia.
A "Lua de mel" estava às escâncaras e era notado até nos restaurantes frequentados por Adamastor e a esposa, quando estes acompanham seus hóspedes. Certa tarde o amigo perguntou se o Adamastor não dava carona até o centro de Salvador porque a sua namoradinha queria fazer compras.
E lá foi Adamastor de automóvel até uma loja da cidade onde o casal desceu para as compras. Contrariado ficou no carro. Passado mais de uma hora um senhor saiu da loja e aproximando-se perguntou:
- O senhor por acaso é o motorista daquele casal?
(apontando em direção a vitrine da loja onde dava para ver os dois apaixonados).
- Sim, sou eu mesmo (respondeu Adamastor fulo da vida) Por quê?
- Nada não! A moça está gastando horrores o dinheiro do rapaz...
- Pois é, veja como é a vida. Ele gasta muito com a namorada e para mim me paga apenas um salário mínimo por mês! Eu que sou casado e pai de quarto filhos!
O homem disse que era o gerente da loja e que estava condoído com a vida que o motorista estava levando, prometendo-lhe dar uma grande gorjeta. Em seguida voltou para o interior da loja. Trinta minutos depois o casal enamorado voltou para o carro com uma quantidade de pacotes, e mil beijinhos da moça em seu amado.
Quando Adamastor foi dar a partida do carro apareceu ao lado de sua janela o gerente da loja que pediu para abaixar o vidro, em seguida deu-lhe um aperto de mão como pretexto, pois na verdade deixou nas mãos do "motorista" um pequeno maço de dinheiros. E assim terminou a aventura protagonizada por um verdadeiro cara de pau. É assim mesmo: tem pessoas que não tem "desconfiômetro" e tornam-se indesejáveis!
E como esses dois tipos- o Brahma e o amigo do Adamastor- existem milhares de outros que nos fazem perder a paciência e a linha...
"Ah! Só para terminar a "desventura" do Adamastor a gorjeta recebida foi de doze reais! Ele então "jurou" que nunca entraria naquela loja para fazer compras porque o gerente era muito sovina. Deu risada sobre tudo o que aconteceu e repetiu o ditado popular de "que desgraça pouca é bobagem"!