Chuva de Prata!
Hoje, 13 de novembro de 2.017, segunda-feira.
O tempo levado pelas asas do vento parece que corre mais rápido do que nos anos anteriores. Deve ser o chamado aquecimento global que fez o vento girar mais depressa empurrando os ponteiros dos relógios. Só pode ser não existe outra explicação lógica. Parece que foi ontem que o mundo comemorou a chegada de 2.017, despertando a esperança de dias melhores, mais harmoniosos e fraternos entre as nações.
No âmbito doméstico ansiamos que a Operação Lava Jato, nas mãos de homens tão festejados e homenageados no mundo, se prestasse verdadeiramente para punir e prender os corruptos. Que o Lula fosse condenado e preso, juntamente com outros figurões da velha e rançosa política que tem desgraçado o Brasil; que o Estado não perdesse a guerra contra os traficantes; que não houvesse divisão entre “nós” e “eles”; e que os baderneiros com suas bandeiras vermelhas fossem banidos para Cuba.
Neste ano que caminha para o fim, tínhamos o sonho de ver a área da saúde pública saneada, a Educação no bom caminho e a Segurança Pública cumprindo o seu papel institucional. Infelizmente nada disso ocorreu. Continuamos um povo pacífico, mas menos tolerante; continuamos buscando uma luz que possa iluminar o nosso caminho; e um timoneiro para deixar para trás o mar revolto das desilusões.
E por que estou lembrando-se disso, neste momento? Porque no comércio já existem vitrines decoradas com enfeites de Natal, parece que os sinos badalam em nossos ouvidos, anunciando as festas de mais um final de ano e renovando timidamente a esperança de que 2018 seja o cenário dos sonhos que tanto acalentamos.
Afinal, ainda não é pecado sonhar! Será que o Novo Ano será diferente? Se for igual a este que está passando vamos queimar a nossa floresta amazônica para que o vento tenha mais força e faça passar o tempo tão depressa como um piscar de olhos.
Mas no fundo no fundo torcemos que 2018 seja diferente, não é preciso que do céu chova prata, longe disso, pode muito bem chover gotas de lágrimas desde que estas sejam suficientes para levar para bem longe os desonestos e os lesa pátria...
“Mais um ano perdido. Chegamos no final de 2.017 e o balancete continua negativo. O Brasil sangra pelo desgoverno que tem. A esperança continua sendo a última que morre!”
Edson Vidal Pinto