Contando mais Uma História de Primavera.
Era uma vez, não! Não, não e não! Iniciar uma história com as palavras de sempre é muito aborrecido, chato, cafona; vou inovar, afinal sou um escritor moderno. Assim: Era uma vez um homem que tinha por hábito pintar todo o cavalo branco com tinta preta, ele era um aristocrata, temperamental e rude como todo “bon vivant”.
Desde o tempo da faculdade teve arroubos esquerdistas, próprio daqueles que fumam charutos cubanos e frequentam o Country Club. Formado, nunca exerceu a profissão, porque até hoje não sabe muito bem qual o curso superior que concluiu, nem lembra se alguma vez assistiu alguma aula.Vivia fazendo política universitária, sempre sendo derrotado nos embates, mas nunca berrou. Bode que é meia boca, não berra! Com o anel do grau no dedo, não sabia o que fazer na profissão que escolhera e optou pela política profissional.
E encontrou-se. Collor, este é o nome do personagem principal da história, galgou cargos eletivos com sucesso, apaniguou seus incompetentes irmãos nos melhores cargos comissionados e amealhou grande riqueza. Como conseguiu ninguém sabe explicar. Mas nenhum bem móvel ou imóvel está em seu nome. É dólares, muitos dólares só de sua rica mulher. Tinha uma ilha e uma área rural que apesar de pertencerem ao patrimônio público, ele usufruía com todas as regalias e mordomias. Nesta última até os cavalos e cuidadores eram “chapa branca”.
Vida boa e confortável, só bônus. Uma briguinha aqui, um soco que levava ali, mas nada que o Fausto financeiro não resolvesse. Um dia a fonte secou: a água da transposição do Rio São Francisco, obra porcamente planejada, esvaiu pelo ralo. E Perdeu a eleição! Por quê? Esqueceu que os eleitores já não suportavam tanta soberba e o apoio explícito a um perigoso ladrão alcunhado de “Jararaca”, foi à gota d’água que faltava para perder as regalias oficiais.
E agora? Pensando no futuro, Collor só tem uma saída, eleger o candidato do PT para Presidente, podendo abiscoitar o cargo de Ministro da Justiça ou do Supremo Tribunal Federal; ou se associar com o baixo clero da esquerda festiva e promover a revolução no país.
E para bem se acomodar no “esquema” reforçou sua aliança com a Gleisi, Benedita, Lindenberg, Chico Buarque, a Rede Globo, a Folha de São Paulo, a Data Folha, o Rosinha, Caetano Veloso e o Jean Wyllys e na pior das hipóteses, com a perda da eleição, vão fechar o Supremo Tribunal Federal. Sim, pois se vão fazer uma revolução sangrenta para tomar o Poder, por óbvio vão “fechar” o areópago da Justiça!
E o que será então que o Toffoli vai dizer é a Globo vai publicar? Eis o xis da questão e o ponto de suspense desta história. Se o Supremo de portas abertas e funcionando se importa tanto com que uns e outros falam, ameaçando aquela Casa desde a época do Jânio Quadros em se desfazer da mesma, como que seu camaleônico presidente vai reagir quando ficar sem o emprego e for despido de sua Toga? “Ser ou não ser, eis a questão”.
Eu por ser o autor deste conto primaveril e para não deixar os leitores ansiosos, se fosse o Stadler: deixaria o STF em paz e mandaria seus ministros para a Venezuela! E que os bons paguem pelos maus colegas. O mais legal desta história é que ela tem alusões e mistérios narrada como se fosse mais uma das “centúrias” de Nostradamus. Cada um interprete o que escrevi como quiser...
“Se o PT perder a promessa é tomar o poder a qualquer custo. Os mais jovens esquerdistas de jardim de infância, dizem que vão “resistir” ao “ele, não”. Acho que vai faltar papel higiênico pra essa turma!”
Edson Vidal Pinto