Conversa ao Pé do Ouvido.
São tantas as opiniões desencontradas no palco da democracia, que vale a pena refletir. Para uns a solução para afastar a crise moral e econômica em que o país está atolado, encontra eco na militarização do Governo; outros a sua total bolivarização.
São extremos que não coexistem pacificamente. É preocupante ver que o povo está dividido e os Poderes da República, desmoralizados. Têm-se a nítida impressão de que a democracia está cedendo espaço para o regime anárquico que prega a máxima: “Nem Deus, nem senhor. Tudo pela razão!”.
É difícil ficar alheio e de ouvidos moucos. Nem eu próprio sei me definir ideologicamente: só sei que sou extremamente obediente ao Império da Lei e da Ordem. Parto de um princípio simplista de que todo infrator deve ser punido, depois de ser processado com a mais ampla defesa.
A licenciosidade dos costumes deve sempre ser vigiada e o respeito ao princípio de Autoridade preservado. Sou, por assim dizer, um conservador. Censuro os excessos, não suporto os ociosos e abomino os demagogos.
Estes são gente da pior espécie, capaz de colocar fogo no mundo. Nunca me filiei a Partido Político, embora tivesse exercido muitos cargos políticos. Há bem da verdade me arrependo amargamente de sempre ter desestimulado pessoas de bem a fazerem política partidária, pois não existe outra maneira de construir no regime democrático um governo responsável que não seja através da militância partidária responsável e comprometida.
E só pessoas de boa índole e honestas em seus propósitos poderiam contribuir para que o Brasil pudesse ser hoje uma grande Nação. Infelizmente dá para contar nos dedos os políticos que fazem da melhor política o propósito de defender a boa causa e o interesse público.
E um país de dimensão continental como o nosso, não pode estar divido pelo ódio, principalmente quando àqueles que pregam a divisão de classes sociais, querem na verdade fugir de suas próprias condenações.
O intuito de transformar o Lula em mito é uma grande balela, pois ele está podre na sua própria ganância e a pretensão não encontra mínima justificativa. Ademais nem a lei e muito menos o povo sofrido e trabalhador se apieda de quem lhes furtou o futuro.
É nesta incerteza e desencontros que estamos entalados; a democracia brasileira sangra enquanto os inconsequentes governam. Pessimismo? Não, triste realidade.
“Caminhar para onde? Acreditar em quem? O brasileiro precisa acordar e exigir Ordem. A farra tem que acabar. A Lei deve ser cumprida. Os desonestos devem ser punidos. Só assim o Brasil encontrará paz e o caminho para seu futuro!”
Edson Vidal Pinto