Coração de Pai e Avô.
A vida reserva para todos os momentos de altos e baixos, acontecimentos inesquecíveis e outros de pura lamentação. A existência humana é um aprendizado sem prazo, do qual o dia a dia é a escola; não existe professor, pois cada um tem de aprender a vencer e lutar de acordo com a sua própria liberdade e discernimento.
É claro que existem fatores que servem de alicerce, a família, por exemplo, é o primeiro palco que proporciona uma visão panorâmica do mundo, tempera o ímpeto, molda a educação e o respeito ao próximo. É óbvio que não existe um modelo único, pois as famílias são heterogêneas, díspares em valores e nem sempre harmônicas.
De outro viés, o aprendizado cultural é uma escalada que começa com o á-bê-cê e não tem meta de chegada, uns desistem no primeiro obstáculo mais árduo da montanha, enquanto outros são insaciáveis, pois saboreiam o saber sem medir esforços.
E Quando constituímos uma família e os filhos nascem e crescem agarrados em nosso colo, entre os braços e tropeçando em nossas pernas, não existe pai e nem mãe que não queira um mundo melhor para eles, um ninho de paz, sem dor e nem sofrimento.
A exceção fica creditada aos sem alma e nem sentimento. Ontem, meu filho primogênito, Luiz Gustavo, advogado devotado e ético, que tem dentro de si o dom da criatividade por ser também um artista plástico, com muita dedicação, esforço e contando com a colaboração de muitas pessoas, presenteou Curitiba com um painel de sua obra “Mobilidade Urbana”, que são traços e contornos livres de um desenho que retrata o homem estilizado em sua bicicleta com a aura de um gado vacum, dando a dimensão e realçando a necessidade de civilizar a urbe compatibilizando o transporte e o espaço dos pedestres. A obra permanente, cravada na parede de um prédio de apartamentos, está localizada do lado esquerdo da rua 13 de Maio, logo após o viaduto.
Fui arrebatado pela emoção. E na manhã de hoje, estou no batizado do meu neto varão, que leva meu nome, filho de meu filho mais moço, Luiz Rodrigo, bacharel em
direito e dedicado servidor do Poder Judiciário. Haja coração!
Eu e minha mulher estamos vivendo os melhores momentos de nossas vidas avançadas no tempo, pelos filhos, noras e netos. Sei que pode não ser um bom tema para uma crônica, mas meu coração de pai e avô não me permite deixar de registrar estes acontecimentos, na certeza que estou escrevendo cada uma destas linhas sufocado de emoção e agradecido, de joelhos, ao Grande Arquiteto do Universo, pelo muito que tenho recebido, sem fazer por merecer tanto...
“Nem sempre o tema de uma crônica serve para despertar no leitor uma leitura mais digerível. Principalmente quando quem escreve se deixa arrebatar pela emoção.
Só espero que entendam que é um pai e avô agradecido, que quer apenas compartilhar a própria felicidade!”
Edson Vidal Pinto