Criticar Por Criticar
Quem milita politicamente na vida pública sabe que está exposto em uma vitrine em que : quem gosta elogia e quem não gosta critica. Aquele que não gosta de ser as vezes até vilipendiado com grossas maldades e mentiras nem deve se aventurar em querer ingressar nesse cenário, pois o político tem que ter sangue de barata.
E não adianta querer processar ou prometer quebrar a cara do censor porque tudo não passa de perda de tempo e bravata. Um exemplo bem atual ? Ok, vamos a ele. Todo eleitor brasileiro sabe que o Bolsonaro viajou à Rússia para estreitar as relações comerciais a fim de defender interesses do agro-negócio, pois aquele país é um dos grandes compradores dos produtos brasileiros.
Se foi num período impróprio em que se avizinhava (ou não) uma guerra entre o país visitado e a Ucrânia assumiu o risco pessoal e demonstrou aparente imprudência. Nada mais. É claro que não foi emissário de ninguém para evitar o conflito em questão e nem foi aconselhar o Putin como deveria proceder nas relações políticas com o país vizinho. Foi, viu e voltou.
Eclodiu a tragédia de uma guerra de um país poderoso afrontando a soberania do outro. As nações assistiram incrédulas e sem reação para evitar mal maior. O Bolsonaro se pronunciou pela paz e alimentou a esperança que o Conselho de Defesa da ONU encontrasse a melhor saída para o impasse.
Suas palavras soaram como se tivesse intenção de se alinhar à Rússia e as críticas começaram a aparecer.
O Vice-Presidente Mourão na janela do oportunismo levantou a voz para apoiar a Ucrânia e exigir a retirada das tropas invasoras por todos os meios possíveis.
O Presidente de pronto reagiu e disse publicamente que só ele pode falar pelo país e mais ninguém. No Congresso Nacional um grupo pró Rússia tentou marcar posição porém foi contido por vozes mais ponderadas. E na Assembleia da ONU o Embaixador brasileiro censurou a invasão russa e votou com os demais países alinhados com o ocidente.
Estes os fatos. Os do contra inconformados exigem ouvir do próprio Bolsonaro que ele critique a Rússia para não ficar se equilibrando no muro da dúvida. Dúvida ? Será que alguém imagina que um homem de direita esteja querendo proteger a insânia de um ditador de esquerda ? Ou que ele não queira afrontar o Putin porque este lhe prometeu intervir no resultado das urnas eleitorais ? Ou querem que o Brasil declare guerra contra a Rússia ? Não sei o que o leitor pensa mas estas críticas não passam de críticas sem eira e nem beira, daqueles que são do contra e querem ver o circo pegar fogo.
Nem os EEUU avançou o sinal da prudência porque os países ocidentais que detém o poderio armado para a guerra sabe que qualquer tentativa que extrapole os limites da Mesa de Negociações para colocar termo ao conflito, respingará em consequências imprevisíveis. A posição brasileira acerca da guerra em comento está transparente e com apoio integral à Ucrânia e seu povo; quem criticar é porquê está no direito de fazê-lo porque ainda vivemos num Estado Democrático de Direito. Só espero que tenha o mesmo tutano quando o Luiz Ignácio estiver ditando a política externa da Chancelaria brasileira ou reiniciar seus atos de desviar dinheiro publico para os países comunistas …
“Criticar sofismando é uma especie de fake com identificação de seu autor. Em uma guerra qualquer imprudência pode gerar o caos. Ou alguém ignora da existência de armas atômicas e químicas para usar em conflitos ? O mundo mudou e basta apertar um único botão para por fim a espécie humana.”
Édson Vidal Pinto