Criticar por criticar
No âmbito da administração pública dos estados tirando a pasta da Economia que exige máxima prudência e conhecimento, sob pena de inviabilizar todas as metas do governo; a outra sem nenhuma dúvida é a Secretaria de Estado da Segurança Publica pela complexidade no planejamento, conhecimento das instituições e dinâmica nas prevenções e combate a criminalidade. Portanto são duas secretarias difíceis de serem dirigidas. Na época em que fui Secretário de Justiça também coordenei uma área sensível - a do Sistema Penitenciário - juntamente com outras mais técnicas que estavam diretamente vinculadas como o Instituto de Pesos e Medidas, a Defensoria Pública, a Imprensa Oficial, o PROCON e a Junta Comercial. Porém, anteriormente fui diretor-geral da Secretaria de Segurança Publica cujo titular foi o experiente Procurador de Justiça, dr. Antônio Lopes de Noronha (hoje desembargador), conhecedor como poucos do funcionamento e planejamento do setor pois jamais se descurou das reais atribuições das polícias civil e militar, dando sempre uma resposta rápida dos crimes acontecidos e que revoltavam a sociedade. Com ele aprendi a ter a visão mais ampla dos problemas e decidir com o mais absoluto bom senso. O des. Noronha com o profissionalismo peculiar de quem conhece muito bem a área criminal, foi um bom exemplo na titularidade da Segurança Pública. É claro que o perfil daquele que vai assumir uma Secretaria de Estado como o da Segurança Pública pode mudar de estado para estado, atendendo-se o índice de criminalidade de cada região, daí, muitos governadores optam por escolher num um técnico da área da Justiça mas um operacional da própria força pública. E foi assim que fez o governador Tarcísio de São Paulo, quando nomeou um ex-Comandante da Rota para chefiar a Secretaria de Segurança Pública. Ele um policial militar linha dura que comandou o batalhão com mãos de ferro e coordenou ações policiais dando efetivo combate contra marginais de alta periculosidade. Claro que nestes confrontos muitos fora da lei foram abatidos. Com tal biografia a sua nomeação logo foi criticada por jornalistas de plantão (e com certeza de conhecido viés ideológico) do jornal “Folha de São Paulo” (edição de ontem 14/maio/24), com matéria tendenciosa de que referido secretário “é o dono da polícia” e que o governador precisa engolir e colocar panos quentes para justificar a violência policial que impera no estado. A matéria teve intuito direto de desgastar e confrontar o secretário com o governador. É o tal assunto jornalístico de quem não tem nada para escrever, pois vamos e venhamos para o estado de São Paulo cuja violência é crescente quem não gostaria de ter um policial operacional na chefia da Segurança Pública? Alguém que conhece as entranhas dos problemas. O articulista gostaria que fosse alguém dos direitos humanos ou do PSol ? Só pode ser, porque a crítica feita não parece justa sem antes saber se a criminalidade está diminuindo ou não, ou se a população está satisfeita e se sentindo mais segura. Fora isto é mera especulação e não jornalismo…
“No Paraná já tivemos Secretário de Segurança Pública oriundo da Polícia Federal que era mais xerife do que conhecedor da área.
Com atuação pífia foi mais político do que Secretário.
É uma área sensível e problemática que exige do titular conhecimento, técnica e muito bom senso.”