Desperdício de Dinheiro Público
Nem bem assumiu o cargo de Governadora a d. Cida criou a Secretaria de Estado de Assuntos Penitenciários, que terá a incumbência de construir e fiscalizar as obras dos futuros estabelecimentos prisionais. Em outras palavras: mero cabide de emprego!
É triste constatar como os políticos eleitos para Chefe do Poder Executivo têm uma visão míope e primária do que seja a Administração Pública, pois estão mais interessados de manter seus séquitos de colaboradores dentro dela do que se preocuparem em fazer a Máquina Pública funcionar.
Ao invés de diminuir a estrutura gigantesca do Organismo Estatal, reduzindo o número de Secretarias de Estado a fim de melhor fiscalizar seus serviços; cria um monstrengo que bem poderia se ajustar dentro da Secretaria de Estado da Justiça e do Trabalho, pela desimportância que se está dando a esta, com total esvaziamento de suas atribuições.
No governo Beto Richa, este contrariando a melhor Política Penitenciária, subtraiu da Secretaria de Justiça toda a complexidade de gerenciamento do Sistema Penitenciário para acoplá-lo na área de atuação da Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Esta sabidamente assoberbada pelas múltiplas e problemáticas funções de encontrar soluções para a segurança pública dos paranaenses, foi sobrecarregada com nova atribuição que refoge a sua própria finalidade. Simples explicar: quem prende, não pode ter por missão ressocializar o preso. Segurança Pública é uma coisa e gerenciar o Sistema Penitenciário é outra.
Porém, para acomodar como Secretário de Justiça um político neófito e desconhecedor da Lei das Execuções Penais, prevaleceu a química política de enxugar o setor. E para piorar, criou-se a nova Secretaria de Assuntos Penitenciários. Quanta estultice. Será que não tem ninguém que tenha um mínimo de conhecimento junto à referida governante, para iluminar com uma simples vela a escuridão onde ela se meteu? E para que servem tantos Secretários Especiais que poluam os corredores do Palácio Iguaçu, gozando das prerrogativas de Secretários de Estado, sem nenhuma tarefa relevante? A grande maioria exercendo funções de estafetas políticos do governador; figuras totalmente dispensável.
A arte de administrar está em se assessorar bem, contar com colaboradores de perfil político, mas jamais olvidar de ter ao lado os técnicos e os críticos. Os primeiros com a missão de acomodar as relações republicanas, estar de portas abertas a todos os segmentos da sociedade e exercer a representatividade mais palatável do governo.
Os técnicos para as colaborações científicas e empreendimentos das políticas públicas. E os críticos para que os bons governantes saibam o que o povo pensa de sua Administração. Viver em um casulo e só ouvir a voz dos bajuladores é a pior jaula em que um homem ou mulher pública pode querer ficar. Político que vive rodeado de políticos é o mesmo que marido traído, quando souber da verdade já caiu em desgraça. A d. Cida, pelo visto, deve estar ouvindo conselhos só de políticos. Ela deve abrir os olhos e tomar cuidado para que o sonho de querer permanecer no cargo, não se transforme em pesadelo...
“É fácil governar, basta ter bom senso. Saber equilibrar uma boa equipe de colaboradores é essencial para executar políticas públicas. Nem só de políticos, parentes e amigos está a solução para bem Administrar”.
Edson Vidal Pinto