Dinheiro Público Pelo Ralo
Os cargos comissionados no Ofício Público deveriam obedecer um critério chamado de “extrema necessidade”, como exemplos os que são ocupados pelos Ministros de Estado, Secretários de estados, Presidentes de Autarquias, Estatais e respectivos assessores em números inferiores a dez; Secretários de Tribunais em número de cinco, bem como de assessores de Ministros de Tribunais Superiores e demais a tribunais em número também de cinco para cada membro, e outros dez para as chefias dos três Poderes e nada mais, devendo-se, prestigiar sempre, os funcionários concursados para ocuparem os demais cargos técnicos nas repartições públicas. Com tal medida acabaria os milhares de aspones que orbitam no serviço público e acarretam despesas significativas para o erário. A adoção de medida como esta resultaria no prestígiamento das Carreiras dos Servidores Públicos e o reconhecimento de suas importâncias no contexto das administrações, alavancando e recompondo o prestígio dos funcionários perante o povo do país. Escrevo sobre o tema depois de ler estarrecido na primeira página do jornal “O Estado de São Paulo”, edição de ontem, que “Regra de corte de cargos foi descumprida para agradar ao Centrão”. Que absurdo, não é mesmo? Pois, é, isto aconteceu na Telebras quando foi proposto extinguir 25 cargos comissionados, que geram despesas anuais de 24 milhões para os cofres da referida sociedade anônima aberta, de economia mista, vinculada ao Ministério das Comunicações, cuja contraordem partiu do Ministério das Gestões (?) para atender os reclamos do Centrão. Isto mesmo, a diretoria da empresa quis extinguir ditos cargos mas os políticos integrados pelo Centrão não aceitaram, pois com certeza nestes 25 cargos estão empoleirados os protegidos dessa troça de políticos que dão sustentação ao governo do Luiz Ignácio. O mesmo grupo de parlamentares que de igual modo garantiram a governabilidade do ex-Presidente Bolsonaro. Trocando em miúdos é uma quadrilha de parlamentares que se reuniram em bando para dilapidar com o dinheiro dos contribuintes. E como diria o Boris Casoy: “E isto é uma vergonha!”este núcleo podre do Parlamento que faz a maioria dos plenários das duas Casas de Leis, garantem as aprovações de qualquer projeto que lhes renda gorjetas mil, como as chamadas “Emendas Parlamentares” que nada mais são do que o aliciamento explícito de deputados federais e senadores para dizerem “amém” às reivindicações do Governo Federal. Este inchaço absolutamente desnecessário de servidores na Administração Pública é que a torna um grande elefante branco, com um número de pessoas que extrapolam o bom senso e comprometem às políticas públicas necessárias ao povo. E pensar que o tal Centrão veio para ficar, por ser a fórmula mágica encontrada pelos maus
políticos para tirar vantagens sem precisar sujar as mãos. Afinal é o governo que oferece e basta usufruir da benesse, e quando esta não vem ou querem cortar cargos comissionados que interessam, basta ranger os dentes e tudo ficará como sempre foi…
“Membros do legislativo comandam o executivo através de seus comissionados nos postos chaves do Governo Federal. Dos três Poderes é o Chefe do Executivo o que menos manda, pois depende dos outros dois para sobreviver.
Se brigar com o Parlamento, não conseguirá governar; e se brigar com o Judiciário, vai voltar para o xilindró. Em que angu o Luiz Ignacio se meteu, não?!”