Direito da Força ou a Força do Direito?
Sexta, 26 de maio de 2017.
Pelo andar da carruagem era esperada a decretação de Estado de Emergência para colocar nas ruas o Exército Brasileiro. Quem assistiu a baderna dos "manifestantes" liderados pelos Sindicatos ET caterva que promoveram depredações em prédios públicos na Capital Federal (com igual roupagem nas ruas do Rio de Janeiro), não se surpreenderam com a medida adotada pelo Governo.
A absoluta falta de governabilidade propicia que vândalos que se passam por "trabalhadores" exteriorizem toda a agressividade e ira contra a Ordem Constituída. Na essência a ferrenha luta ideológica que venda os olhos e o coração dos militantes no afã de buscarem a miragem de seus ideólogos. Estes sabidamente, entumecidos pela ideia de querer igualar os desiguais através do embate armado.
Pura utopia! O PT através de seu dono fomentou ao longo de dois governos seguidos o ódio entre ricos e pobres, a luta de classes social ao bom tempero dos economicamente fracassados que receberam benesses sem contrapartida. Bolsa disso, daquilo e daquele outro, cotas em universidades, aposentadorias sem nenhuma contribuição previdenciária, sindicatos com contribuições obrigatórias que enchem seus cofres de dinheiro e enriquecem seus ociosos dirigentes, movimentos sociais sem freio e guerrilheiros treinados nos acampamentos do MST dispostos há morrer e matar.
Nesse caldo de fermentação indigesta para qualquer democracia soma-se a crise econômica, o desemprego, a corrupção da classe política e o descuido com a Segurança Pública. O que está faltando para uma luta fratricida? Os ingredientes estão no caldeirão, o Ministro Marco Aurélio (STF) no seu vedetismo peculiar adiantou-se para expressar esperançoso que "não seja verdadeira" a notícia que autorizou a presença de militares nas ruas para garantir a ordem. Por que não? Ele queria que fosse por acaso um grupo de escoteiros? Já dentro do Congresso Nacional a "turma" do quanto pior melhor impedia o prosseguimento da sessão e levantava a voz quando souberam que o
Exército nas ruas poderia "massacrar" os pobres e indefesos "trabalhadores" que pacificamente protestavam contra as medidas propostas pelo Governo. A Imprensa estampou ontem em suas manchetes o terror de uma intervenção militar no país. Ora, as Forças Armadas até este momento tem demonstrado rigoroso cumprimento na defesa da democracia e da Constituição Federal, porém quando a desordem tende a se alastrar cabe-lhe por dever legal, intervir. Esta a regra de um estado democrático de direito.
E para surpresa final o Governo resolveu desconvocar as Forças Armadas a fim de deixar com está para ver como fica. Para o caldo referido este novo ingrediente! O Governo está tonto, nocauteado em pé, os rumos são incertos e ninguém entende coisa nenhuma. Ninguém de sã consciência sabe se o país vive sob o direito da força ou sob a força do Direito, porque quando o desgoverno impera os ratos sempre tiram suas manguinhas de fora...
“Baderna nas ruas e danos ao patrimônio público é artifício de delinquentes e arruaceiros. Gestos impróprios para um estado democrático de direito, pois sem ordem e obediência às leis o país sucumbe. Convocar e desconvocar as Forças Armadas da noite para o dia, traduz prova cabal de insegurança e desgoverno".
Edson Vidal Pinto