E agora, mané?
É no mínimo engraçado definir as arapucas onde o governo do Luiz Ignácio se mete, quando procura explicar de seu jeito fatos de clareza límpida, com argumentos pífios. Ninguém ignora que na época da campanha presidencial o petista subiu no Morro do Boréu
onde foi recebido pela fina flor dos traficantes do Rio, com direito a samba, cerveja e tiros disparados para o ar. Tempos depois quando eleito o seu ministro da Justiça e da Segurança Pública o dr. Dino, escoltado por policiais federais, foi flagrado num “mocó” do tráfico numa demonstração de sintonia entre o atual governo com os criminosos da Cidade Maravilhosa. Fato publico e notório. Será que alguém duvida? Claro que não, basta cotejar alguns jornalecos velhos para ver as reportagens com fotos. Pois bem, também é certo que o Rio de Janeiro infelizmente está envolto na criminalidade, óbvio que não poderia ser diferente pela verdade sabida e antes referida, como, ainda, pela larga corrupção que domina os políticos e dirigentes daquele estado. As peças da administração pública afrouxaram e os bandidos criaram raizes fortes porque a força policial ficou impotente para fazer a frente a violência que assusta os moradores. O Rio está doente e sem saída para a crise em que está atolado. Em recente episódio quando ocorreu a morte de um “miliciano” em represália, dezenas de ônibus urbanos foram incendiados como forma de intimidação e advertência às autoridades. Evidente que a insegurança do estado respingou em Brasília com o governo federal tendo de agir para encontrar uma solução, pois lá “existe” um Ministério que é da Justiça e também da Segurança Pública nas mãos do dr. Dino (o mesmo que confabula com traficantes cariocas), que não pode ignorar o sofrimento que passa a população do Rio e a necessidade de impor medidas para minorar a crise. E para isto foi marcada uma reunião no Palácio do Planalto com o (ainda) Presidente, o dr. Dino, alguns ministros palpiteiros, o diretor da Polícia Federal, o Comandante da Guarda Nacional, o Secretário da Segurança e policiais civis e militares do Rio Janeiro. Foi quando o Luiz Ignácio caiu na real ao lembrar do desgaste que sofreu em recente episódio ocorrido no estado da Bahia, administrado pelo PT, quando ocorreu uma guerra entre facções criminosas e que respingou negativamente em seu colo. E o que fez o arguto “filho do Brasil”?
Determinou que a reunião para “discutir” a situação da ex-Capital Federal fosse realizada bem longe de seus olhos, no Ministério do dr. Dino. Tá, tudo bem, e daí? O que resultará desta reunião se o ministro tem na sua testa uma tarja de “suspeição” pela sua conivência com os traficantes? É no mínimo uma incongruência um político suspeito querer coordenar uma ação contra o crime organizado no Rio de Janeiro, quando está umbilicalmente ligado com criminosos daquela cidade. Não sei se estou vendo chifres em cabeça de cavalo, mas algo me diz que não tem nenhuma lógica e nem objetivo plausível o resultado que possa sair da reunião. Eis aí um exemplo de contos de fadas que bem rotula o atual governo federal, pois seus dirigentes querem que o povo acredite em soluções inviáveis para não dizer impossíveis. Não custa lembrar que quem brinca de fazer seguranças pública apenas para iludir, com certeza terá contra si a ira de um povo com medo…
“Se o Coringa fosse o chefe de polícia de Gotham City como ele planejaria combater o crime daquela cidade? Eis uma estratégica no mínimo duvidosa. Duvido que o Robin, o Menino Prodígio, possa matar esta charada. E você, quer tentar?”