Ele opera, ela manda.
O título desta crônica lembra a todos os brasileiros que enquanto o Luiz Ignácio estiver convalescendo da cirurgia de coluna a sua digna companheira é que estará dirigindo o país, pelo menos escolhendo quem e o quê merecerá a atenção do governo no período mais dolorido do seu amado pombinho. E quem vai se opor ? Ninguém é claro. Esta é a força da mulher. Aliás um tema sempre em voga é a igualdade de gênero - homem X mulher -, com as feministas defendendo, principalmente no ofício publico e na politica, que aja igualdade entre todos. Na minha vida pública convivi com mulheres maravilhosas, tanto no Ministério Público, como nos tempos em que fui Diretor-geral da Secretaria de Segurança Pública, Secretário de Estado da Justiça, Juiz de alçada, Desembargador e Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, com colegas de Togas com quem dividi a responsabilidade de julgar; e assessoras que tiveram destaques e muito me auxiliaram para que pudesse desenvolver e cumprir meus deveres com serenidade e prontidão. Não esqueço de nenhuma delas pela competência e senso de responsabilidade. Aliás ingressar na função pública dependeria sempre de aprovação em Concurso Público e de igual nas Carreiras Jurídicas, desde que o candidato independente de sexo tenha mérito para alcançar a aprovação. O mesmo deveria ocorrer em todos os demais setores das repartições públicas, inclusive nas composições dos Tribunais, sem distinguir o homem da mulher, nem por cor, nem condição social ou credo religioso. E dar tempo ao tempo para que todos se acomodem
nos espaços merecidos, sem preferências e nem privilégios. Um exemplo ? O que está ocorrendo nas carreiras policiais, antes quase impossível imaginar que a mulher tivesse acesso, hoje é uma grata realidade inclusive com participação em grande quantidade. As carreiras das FFAA idem. Nas profissões liberais, na literatura, nas artes e na ciência as mulheres aos poucos, mas com distinguida competência, estão alcançando os pontos mais elevados do reconhecimento e sem nenhum favor legal. Esta regra deveria prevalecer nos vestibulares para que os candidatos concorressem em pé de igualdade. É assim em todos os lugares do mundo mais desenvolvido. Nos EEUU e na maioria dos países da Europa quem não tem condições de pagar para ingressar numa faculdade, só tem acesso através do financiamento publico mas com posterior ressarcimento depois de formado. E vale indistintamente para todas as pessoas, independente de sexo ou de cor. Quem tiver acesso ao meu currículo pessoal poderá imaginar que nasci em berço de ouro, muito pelo contrário, sou de família humilde e lutei com unhas e dentes para alcançar meus objetivos.
E estudar, ter gana para transpirar muito mais do que ter inspiração, foi minha fórmula para poder alcançar um lugar ao sol. É claro que nem por decreto, nem por normas detalhistas criadas ao talante dá vontade e da imaginação das pessoas, será possível igualar os sexos, muito menos privilegiar seus lugares dentro de qualquer hierarquia funcional…
“Num mundo cada vez mais competitivo o mérito de cada indivíduo deve ser a pedra de toque para diferenciar as pessoas. Independentemente do sexo, cor, credo ou condição pessoal, todos se igualam se tiverem vontade, gana e grande dose de sacrifício.”