Equador de hoje
A fuga recente de um chefe do tráfico de uma penitenciaria equatoriana nas vésperas de ser transferido para uma outra de segurança máxima, desencadeou naquele país uma violência sem precedentes, numa guerra interna entre os chefões de tráfico com as forças policiais do Estado. A situação está tão grave que o Presidente daquele país declarou Estado de Emergência. O Equador está sentindo de perto o terror, a violência e a força que têm os perigosos gângsters que chefiam poderosas quadrilhas e dominam guetos, cidades e povoados ao fazerem das drogas fonte de receitas bilionárias. E o dinheiro manda, corrompe e compra armamento capaz de fazer frente ao arsenal e logística do próprio exército. O Equador sangra e o povo oprimido pelo medo sofre. O que está acontecendo lá não vai demorar para se repetir por aqui, pois o governo brasileiro alimenta relações “diplomáticas” com os chefões do tráfico nos morros do Rio de Janeiro, não só quando o Luiz Ignácio no auge de sua campanha foi garimpar votos no Morro do Alemão, com direito a muito samba, pinga, tiros disparados para o ar; quando, depois de eleito, o seu mais próximo colaborador esteve no Morro do Borel escoltado pela polícia federal para um encontro suspeito com o chefe do cartel local. Um namoro que perdura num compromisso de intenções inexplicadas. E pensar que este indivíduo que se prestou como emissário do Chefe da Nação, na condição de ainda ocupante de cargo comissionado como titular de um dos mais importantes Ministérios do Governo Federal, no início do próximo mês tomará posse como membro da mais alta Corte da Justiça do Brasil. Uma aberração e o cúmulo da imoralidade. Tudo por culpa de um Senado da República frouxo e corrupto. É claro que entre o governo federal e o tráfico existe um pacto de não agressão e tolerância, cujas cláusulas foram estabelecidas ao arrepio da lei, tudo para permitir que a campanha urdida com fins ideológicos possa atingir seu objetivo. Ou estou sofismando na minha maneira de pensar? Ora o governo quer impor uma nova ordem no país, ou não é este o propósito colocado a nu pelo presidente e seu bando? E o tráfico bem se presta como muleta para intimidar o povo e permitir que o plano governamental prospere. E esta conjugação de forças permite a tomada do poder sem reações dos contrários e sem expor as FFAA a nenhum desgaste. Quem não concordar com este ponto de vista não está enxergando os sinais visíveis que estão acontecendo, basta juntar as peças para o quebra-cabeça ter sentido. Não tivesse havido um acordo entre o governo do Luiz Ignácio e os traficantes, com efetivo combate das policiais contra os cartéis do tráfico, com certeza o que está acontecendo hoje no Equador já teria acontecido no Brasil. E depois ainda dizem que o crime não compensa…
“Quando o Governo de um país faz uma aliança com traficantes, ou espera apoio na hora de agir, ou quer receber parte do dinheiro para poder executar seus projetos. Boa coisa não é. Esta a marca registrada do atual governo brasileiro.”