Está Quase no Prelo!
Ontem, 08 de outubro de 2.017, domingo.
Vivo a expectativa da publicação de meu livro de crônicas que está a cargo da Editora Juruá, de propriedade do meu amigo Prof. Ernani Pacheco. Sou um dos criadores da página “Direito e Justiça”, que era publicada semanalmente no jornal “O Estado do Paraná”, onde escrevia as minhas crônicas do cotidiano forense retratando “causos” jocosos acontecidos no vetusto mundo privativo das togas e becas.
No livro estão reproduzidas as crônicas escritas há trinta e cinco anos atrás e na maioria delas com ilustrações do saudoso caricaturista Seto, que com criatividade criava a cena mais expressiva de cada texto. A apresentação está redigida pelo ex-governador Dr. Paulo Pimentel, que foi proprietário do referido jornal, e o prefácio foi elaborado pelo Ministro Félix Fisher, decano do STJ.
Confesso que não conseguiria evoluir na ideia de escrever o livro se não fosse o incentivo e a insistência do Des. Edgard Fernando Barbosa, pessoa especial que conheci quando militei profissionalmente na cidade de Jaguapitã, norte do Estado, quando ele ainda era ginasiano.
É interessante viver momentos que antecede a edição do livro por não poder avaliar se o mesmo será ou não bem aceito pelos leitores, e principalmente, se na data do lançamento haverá publico presente, além é claro dos meus amigos e da minha própria família. Só de pensar nisto, minhas pernas tremem.
É uma experiência nova que nunca pensei passar, apesar de calejado de enfrentar desafios. Sempre escrevi textos desde os bancos da Universidade, procurando comentar fatos do dia a dia, fazendo da imaginação um laboratório para criar histórias e situações às vezes nunca acontecidas. Meus amigos imaginários surgem de repente para os diálogos mais estranhos a fim de captar o gosto do leitor. Mas nunca ousei publicar nada enquanto vesti minha Toga de Magistrado.
Segui a risca o preceito moral e ético de que o Juiz só deve escrever nos autos e falar apenas nos ambientes reservados ao seu ofício. Esta atuação discreta e reservada não é aplicada aos agentes do Ministério Publico, foi por isto que eu escrevia para o jornal.
Agora aposentado não tenho mais restrições, a não ser a devida cautela de não macular com atitudes pessoais e nem com palavras ou opiniões inadequadas, o prestígio do Poder Judiciário. É por isso que só agora vou publicar o meu livro que espero seja agradável, cause expressões de riso e sirva de reflexões. E como disse Júlio César, ao atravessar o rio Rubicão, marchando na frente de suas legiões em direção a Roma: “A sorte está lançada!” Vou aguardar, para ver...
“Na véspera de qualquer acontecimento em que somos protagonistas, a expectativa é enorme. O medo e a alegria oscilam como um pêndulo. É prova maior de que ainda estamos vivos!”
Edson Vidal Pinto