Estamos Esperando o Quê?
Às vezes fico me perguntando quando penso no que está acontecendo no país o que estamos esperando que aconteça para a normalidade do cotidiano voltar ao ponto de partida. Sim, porquê sabemos que existe um clima de insatisfação generalizado pelo que está sendo jogado no xadrez da política -, vozes antes caladas tramam na surdina contra a democracia.
Quem sabe ler o sinal das notícias separando a verdade das mentiras sabe muito bem que algo está para acontecer. E não estou sugerindo que a Tropa saia nas ruas e muito menos que um Militar das Forças Armadas adentre no prédio do STF sem ser convidado para colocar o peso de sua espada sobre a mesa da presidência da Casa. Mas sinto que o julgamento teratológico extraído a fórceps das entranhas do Direito Penal para devolver ao Luiz Ignácio o especial privilégio da liberdade, está propiciando que velhas raposas de bigode vermelho então adormecidas estejam agora articulando planos para tomar as rédeas do Brasil há qualquer custo.
E já começou no norte do país com o famigerado MST colocando as manguinhas de fora e cobrando pedágio em rodovia. Ou ninguém está sabendo que o Luiz Ignácio está percorrendo algumas regiões levando sua mensagem de terrorismo contra o estado democrático de direito e pregando a chamada insubordinação civil. E nada favorece o governo federal. O custo de vida está sendo sentido no bolso dos assalariados o que gera um clima de profunda insatisfação; a Imprensa apostando na sua própria sorte; o funcionalismo público com os salários congelados há anos; a epidemia continua servindo de palco para guerra política entre o Presidente, Governadores e Prefeitos; a pretexto de um vírus mortal os sindicatos não querem que ninguém trabalhe e que todos fiquem em casa, inclusive os professores que estão acomodados e aceitando esta orientação porque é bom ganhar sem trabalhar.
O lockdown foi um crime contra os empresários e os trabalhadores -, por ser medida extrema e com graves infrações constitucionais. Tudo garantido pelo STF onde onze indivíduos ditam regras, prendem, processam e absolvem sem o menor pudor como se fossem Juízes de verdade. Portanto argamassa para fermentar uma convulsão social está às escancaras, só quem é cego não enxerga. Então? O que estamos esperando que aconteça? Quem vai dar o primeiro grito, o primeiro passo? Eis o ponto central de toda a questão.
Ainda acho que é tempo do Presidente da República falar menos e deixar o seu linguajar de homem simples de lado e adotar a postura de um verdadeiro Capitão do Exército, dando um grito de “basta!” Uma atitude quase igual ao do Rei de Espanha quando numa reunião cara a cara com ditador Chaves disse em alto e bom tom: “Cala-te!” E o mesmo deve ser dito àqueles que estão sendo os responsáveis pelos desmandos que estão acontecendo -, seja numa reunião reservada no próprio STF com a presença de todos os Ministros de Estados, para falar as verdades que precisam ser ouvidas pelos membros da Corte, como um conselho em forma de ultimato e fazendo recair nos ombros de cada um deles as eventuais consequências que poderão advir se continuarem extrapolando os limites da Lei.
E não será um gesto tresloucado como pode aparentar num primeiro momento, mas uma posição de um Chefe de Governo que quer acabar de vez com a corrupção, zelar pelo bem público e administrar o país em paz e harmonia. E chega de bravatas pois o povo quer é segurança jurídica, trabalho, comida, saúde, educação, segurança pública e um futuro promissor. Chega de “Centrão” para governar e de políticos que vendem a própria alma para poder orbitar no Poder. E depois disso tudo o Presidente estrategicamente deve esperar para daí então gritar e dar o primeiro passo...
“A paciência do povo está se esgotando porque não existe a mínima possibilidade de um pacto político entre os três Poderes que possa trazer normalidade ao país. Estamos todos esperando o quê? Que a solução caia do céu? Ou tentar aconselhar para daí então dar o primeiro grito e o primeiro passo?”
Edson Vidal Pinto
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