Estradas da Morte
Não é fácil para ninguém assistir os noticiários da imprensa e permanecer silente, quando é veiculado o número de acidentes diários que acontecem nas rodovias do Paraná, ceifando vidas, ocasionando prejuízos consideráveis e colocando em risco todos àqueles que por necessidade trafegam pelas estradas federais e estaduais. E três são atualmente os trechos mais perigosos : Curitiba /Ponta Grossa; Curitiba/Paranaguá; e Curitiba/litoral de Santa Catarina. Ninguém duvida que a tecnologia moderna dotou os veículos com motores potentes e, especialmente nos automóveis, uma aerodinâmica que permite aos seus condutores acelerar nas curvas com segurança e vencer em segundos as grandes retas da estrada, no entanto, a velocidade aliada a imprudência sabidamente são causas comuns dos grandes e trágicos acidentes. Um outro fator constatável é a embriaguês no
volante, quando o veículo se transforma em uma arma letal. E os caminhoneiros ? Todos profissionais do volante dirigem caminhões carregados e com muito motor, são os mais imprudentes nas descidas e nos trechos em que aceleraram acima da velocidade permitida. Nem todos é claro, mas abusam demais da velocidade e se prevalecem pelo tamanho do caminhão. Estes são os que mais morrem e matam nas rodovias. Como evitar ?
Mais policiais rodoviários na fiscalização das rodovias, câmeras interligadas em postos policiais e muitas barreiras com bafômetros e exames toxicológicos. Só através da saturação de policiais nas rodovias será possível controlar ou inibir os motoristas infratores e irresponsáveis. E o pedágio ? Um mal necessário. Explico : unica maneira de dar segurança aos motoristas e passageiros que trafegam pelas estradas, responsáveis pelas suas manutenções, ofertando assistência mecânica e serviço de paramédicos sempre à disposição dos usuários. Para quem paga muito caro o IPVA o pedágio transparece uma maneira indireta de bitributação, contudo, está implantado nos países mais evoluídos e encontram justificativas pela boa qualidade de suas pavimentações. A administração pública mal gerida busca a parceria privada para que esta lhe faça as vezes e supra o descaso e ineficiência na manutenção das rodovias. Enquanto isto, vamos continuar sendo testemunhas da imprudência de motoristas pela certeza de suas impunidades, face a ineficiência da Justiça Criminal…
“No trânsito, urbano ou não, o condutor de veículo automotor que pelo excesso de velocidade ou embriaguez ocasionar a morte de alguém, deveria sempre responder por homicídio qualificado. E a carteira de habilitação cassada pelo período de duração da pena.”