Excrescência!
Sexta-feira, 29 de setembro de 2.017.
Na democracia àqueles que elegemos para cargos eletivos são os nossos representante para o exercício legislativo e que incluiu o dever de fiscalizar o Poder Executivo. Infelizmente estamos atolados na crise da representatividade porque os políticos eleitos não nos representam. Claro, que existem raríssimas exceções. A grande maioria dos parlamentares legisla em causa própria e no interesse dos governantes.
Dai as barganhas e negociatas em prejuízo das políticas públicas. Uma coisa ninguém nega: viver da política é tão bom e enriquece que ninguém pensa se afastar voluntariamente do processo eletivo.
Tanto assim que surgem sempre as dinastias familiares para se perpetuarem no poder. São os oportunistas que se aproveitam das omissões das pessoas de bem para trilhar no caminho da prosperidade sem causa. Nada mais surpreende nas ações dos nossos políticos. Ontem de manhã, o Senado da República decidiu aprovar um projeto de lei que cria um fundo com dinheiro do contribuinte, para custear as campanhas dos candidatos. Uma excrescência sem pé e nem cabeça.
E tudo criado com a maior cara de pau e notória irresponsabilidade que grassa naquela Câmara Alta. Vale dizer que a pretensão é que toda campanha seja custeada pelos cofres públicos, como se isto fosse verdade. É evidente que na esperteza e malícia dos políticos eles não deixarão de lado as doações (clandestinas) das pessoas físicas e jurídicas, para o fim de encorparem aos gastos de suas campanhas. Será dinheiro canalizado de todos os lados. Gastança criminosa e pródiga.
Tenho malhado em ferro frio ao defender uma reforma política com quatro itens apenas:
1. - proibição de reeleição;
2 - Permanência de apenas cinco partidos políticos;
3. - Proibição dos analfabetos votarem (ou aqueles que apenas escrevem o nome); bem como dos presos em geral; e.
4. - campanha custeada pelos partidos políticos com contribuição exclusiva de seus próprios associados. Enquanto a legislação não mudar teremos sempre a mesmice do discurso vazio. Outro ponto indispensável: é imprescindível que o homem e a mulher façam política e ingressem nos partidos políticos porque só assim será possível mudar a “cara” do homem público brasileiro. Chega dos mesmos, vamos renovar votando em quem não é e nunca foi eleito. Estamos próximos do final do ano e 2.018 terão eleições para Presidente e Vice-Presidente da República; Governador e Vice-Governador; Senador; e deputados Federais e Estaduais; vamos desfraldar a melhor bandeira de não votar em “figuras carimbadas”, nem nos “intermináveis” e muito menos naqueles que estão como réus da Lava Jato e outras operações policiais instauradas para moralizar o Brasil. Vamos caminhar juntos nesta empreitada, com trabalho de formiguinhas, mas que seja o começo de uma nova postura para oxigenar à política e banir os piratas da vida pública que pilham nossa esperança de um porvir melhor. Vamos somar nesta cruzada?
“Eleger alguém com dinheiro público é tão imoral quanto igualar os desiguais por decreto. Faz mal porque agride o bom senso e subtrai a decência”.
Edson Vidal Pinto