Falta de Educação!
Hoje, 12 de julho de 2.017, quarta feira.
Acho que na infância de uma geração que chega no seu estertor, todos brincaram fazendo dobraduras de papel nas suas quatro formas clássicas: barco, avião, pássaro e balão. Hoje em dia não sei ao certo se as crianças "perdem tempo" com o origami, quando têm brinquedos eletrônicos muito mais interessantes e que não exige montar e nem usar da imaginação para se entretiver. Sinal dos tempos.
Os próprios pais não fazem questão que seus rebentos brinquem com as sombras e fantasias de suas criancices. As brincadeiras não são mais as mesmas porque o mundo se agigantou com o aumento desenfreado da população, apesar da diminuição das distâncias, e ficou mais violento porque a concorrência para a sobrevivência distanciou as pessoas. Vivemos o consumismo explícito do hoje sem poder prever o amanhã.
E o barquinho de papel colocado junto ao meio fio da calçada que era levado pelas águas da chuva até cair no bueiro mais próximo, não singra mais nas asas da imaginação. Nas escolas a preocupação dos educadores não está mais em só ensinar, transmitir conhecimentos e acompanhar a educação cívica do aluno. Longe disto, a aula tem outra conotação, de cunho ideológico, imposição de igualdade de gênero e graves equívocos patrióticos.
O Estado por sua vez alienou-se da educação ao permitir a sua substituição constitucional pelas charmosas indústrias de diplomas vendidos a peso de ouro pelas escolas e faculdades particulares. As instituições educacionais públicas são arremedos de ensino e seus prédios verdadeiras favelas insalubres.
Esta a triste realidade da educação de um país em que seus dirigentes lutam para se perpetuar no poder juntamente com sua prole e apaniguados. A arte de ensinar perdeu o valor quando a meritocracia cedeu espaço para as cotas como se os desiguais pudessem ser igualados por decreto. Nem o Ministério da Educação e muito menos as Secretarias de Educação dos estados-membros justificam os aportes econômicos que recebem para sustentar suas corroídas estruturas, perdendo suas importâncias na vida da sociedade brasileira.
Tanto é verdade que se for feito uma enquete entre dez pessoas de nível universitário para que digam os nomes do Ministro da Educação e da Secretária da Educação do Paraná, duvida-se que alguém acerte! De outro ângulo, o nível cultural dos daninhos dirigentes dos sindicatos das escolas públicas é uma vergonha.
Um país que não investe em educação e não valoriza seus professores nunca terá futuro promissor. Esta a verdade sem sofisma. Bem que o frágil barquinho de papel poderia levar os que estão atrapalhando à educação diretamente para o bueiro. Com certeza ninguém sentiria falta...
“A arte de ensinar é o principal pilar de sustentação de um país. Só através dela o indivíduo adquire o senso de cidadania. Sala de aula não é trincheira ideológica e nem se presta de laboratório para recalcados semearem ideias obtusas."
Edson Vidal Pinto