Filmes em Cartaz.
Bons tempos em que o domingo tinha almoço na casa dos pais para reunir a família, jogar conversa fora, algumas rusgas fora de sintonia que logo eram aparadas, aquela polenta despejada de uma panela de ferro sobre uma tábua na mesa, cujos pedaços eram cortados com barbante, acompanhado de frango de caçarola, salada de alface e para tomar um copo de gasosa de framboesa da Cini.
À tarde tinham dois programas preferidos: ir ao jogo de futebol ou à matinê. Os mais velhos preferiam ficar em casa jogando buraco. E no quintal as crianças brincavam de esconde-esconde, carrinho de rolimã, peteca, chutar bola, cowboy, soldado e não faltavam às figurinhas da “Bala Zequinha” para as apostas nos jogos de tique, burico e bafo. Ah! E os filmes! Não importava se era no Cine Luz, Ritz, Arlequim, Opera Avenida, Vitória, Guarani, Palácio ou América, sempre tinha “fita” para todos os gostos.
No Cine Curitiba, só dava para frequentar escondido dos pais, pois era muito popular e a frequência não era das melhores. Mas era o melhor lugar para assistir dois filmes e um seriado numa única sessão e trocar gibi na hora da entrada. Lembro-me dos nomes de alguns filmes que nunca esqueci, e por brincadeira vou dizer os nomes de umas “figurinhas” do cotidiano, que poderiam ter atuado como protagonistas: “O Homem de Alcatraz”, com o Luiz Ignácio; “Valente Treme-Treme”, com dr. Rosinha; “As Bruxas de Salém”, com Dilma, Benedita e Graça Foster; “Um Maluco no Espaço”, com Maria Louca; “Bonitinha Mas Ordinária”, esta nem precisa dizer o nome, todos sabem muito bem quem é; “O Poderoso Chefão”, com José Dirceu; “Ali Babá e os Quarenta Ladrões”, com o Temer e seus ministros; “O Mundo do Circo”, com todos os integrantes do Congresso Nacional; “O Vento Levou”, com Fidel Castro; “Meu Inimigo Preferido”, com Eduardo Cunha; “Perigosamente Juntos”, com a esposa do Renan Calheiros; “A Rainha da Sucata”, com Marina Silva “Dólar Furado”, com Eduardo Cabeça de Neve; “O Homem que Nunca Existiu”, com Osmar Dias; “Esqueceram de Mim”, com Beto Richa; “De Ilusão Também se Vive”, com a Cida; “Ladrão de Casaca”, com Aécio Neves; “Justiça Vermelha”, com a Segunda Turma do STF; “Muito Além do Jardim”, com Álvaro Dias; “O Tesouro do Barba Azul”, com Geddel; “Ano que Meus pais Saíram de Férias”, com Rocha Loures; “O Peso de Um Passado”, com Osmar Serraglio; “Crepúsculo dos Deuses”, com Palocci et caterva; “Cidade dos Anjos”, com os moradores do Rio de Janeiro; “De Ilusão Também se Vive”, com Alckmin; “Casa de Chá de Luar de Agosto”, com o imóvel da Fundação Lula; “O Pagamento Final”, com Coronel Lima; “Louca Escapada”, com Samek; “O Professor Aloprado”, com FHC; “A Maldição da Múmia”, com Joaquim Barbosa; “Inimigo Público Número Um”, com o Beiçola; “O Cangaceiro”, com Ciro Gomes; “O Vale das Bonecas”, com atores da Globo; “Camaleão”, com Rodrigo Maia; “Se Meu Apartamento Falasse”, com um certo triplex do Guarujá; “O Gato Félix”, com Maluf; “Os Intocáveis”, com a turma da “Lava Jato”; “O Bobo da Corte”, com Bibinho; “O Convidado Trapalhão”, com o jogador Fernandinho; “No Mundo da Lua”, com Lindberg Faria; “O Jeca Tatu”, com Datena; “O Salvador da Pátria”, com Luciano Huk; “Noé”, com Ratinho; “Cinderela”, com Maria Vitória; “Conselheiro do Crime”, com Franklin Martins; “Amor Custa Caro”, com d. Marcela; e tantos outros nomes de filmes e seus atores.
Paro por aqui; quem quiser pode alugar um deles numa locadora e assistir em casa, para dar boas risadas. Eu já escolhi o meu: “Pinocchio”, com meu artista preferido, o Luiz Ignácio, no papel principal e o Gepetto, seu criador, estrelado pelo impagável e nunca preso José Dirceu...
“Domingo é dia próprio para levar os filhos pequenos para brincar no parque, dar uma voltinha de carro, ficar de papo para o ar e não pensar na vida. Dá para assistir um bom filme. Principalmente quando nossa imaginação escolhe os atores. Faça um teste com a família, tente pelo menos, é um bom exercício mental!”
Edson Vidal Pinto