Final do Ano.
Hoje, 27 de novembro de 2.017, segunda-feira.
Escrevo sob as luzes multicoloridas do pinheirinho de Natal montado na sala de meu apartamento; confesso que sou arrebatado pelo espírito festivo das festas de final do ano. Olho cada bola pendurada na árvore, refletindo o brilho que emana dos pequenos focos de Led, também olho as figuras dos anjos e querubins e também dos ursos brancos com seus cachecóis e gorros, que no conjunto dão o indispensável toque de harmonia e beleza para os meus olhos.
Ela pode ser apenas uma árvore de natal como tantas outras, mas para mim ela é diferente. Tudo porque vejo nela o símbolo que sempre acompanhou minha vida, desde minha infância na casa de meus pais onde sempre tinha lugar para um Pinheirinho, tradição cultivada com muito amor pela minha mulher desde que casamos, mesmo quando morávamos no interior e nossos dois filhos pequenos vivenciam conosco o símbolo do amor Cristão.
Felizmente esta tradição não morreu no seio das famílias, servindo de lembrança e amparo de fé por dias melhores. Mais adiante, bem na frente da poltrona onde estou sentado, enxergo um pequeno presépio, com figuras bíblicas conhecidas da manjedoura, adorando o Menino Jesus recém-nascido.
E do outro extremo da sala, sobre um armário, como não poderia deixar de ser deparo com um Papai Noel vestido de casaco de pele, tocando violino. Cada uma dessas figuras deixa no ar a mensagem de que vale a pena viver e compartilhar com familiares e amigos os momentos harmoniosos do amor em Cristo.
É este o sentido das festas que se aproximam, quando as pessoas deixam um pouco de pensar em si, para se confraternizar com o seu próximo. Mas também penso naqueles que não tem nem um pequeno Pinheirinho, porque não tem casa para morar e nem família para dividir amor. Não julgo ninguém nessa hora e nem procuro justificar o porquê dessa situação, pois cada pessoa tem caminhos diferentes a percorrer e nem sempre eles são iguais para todos. E os doentes? Uns esquecidos nos hospitais de caridade e outros vivenciando doenças invencíveis.
É nessa miscelânea de ocorrências que vivenciamos numa mesma coletividade de pessoas. E o clima do Natal permite pensar em tudo isso; para não nos esquecermos de nossas próprias falibilidades e desamor. É sempre bem cairmos na realidade para aquilatar nossas imperfeições para sermos menos exigentes e mais tolerantes com aqueles que nos cercam.
A humildade e o calor humano às vezes é o melhor presente que podemos dar, não custa nada e faz muito bem a alma. É tudo isso que penso quando estou rodeado das cores do pinheirinho de minha casa. Espero que todos sintam o mesmo, quando estiverem vendo seus pinheirinhos ao lado da mulher, filhos, noras e netos. Acreditem: a sensação de euforia e paz não tem comparação!
“Quando o final de ano se aproxima nós ficamos nostálgicos. Pensamos melhor no que somos e que não estamos sozinhos. É o momento para dividir com os outros o amor sem egoísmo!”
Edson Vidal Pinto