Francisco, Francisco.
O mundo está de pernas para o ar; os que não foram, são; e os que eram não são mais.
Embora exista a carnificina na África como um flagelo humano que lembra o velha China de Mao que cometeu atrocidades contra o povo oprimido para implantar o seu regime de “igualdades”; como os pobres de Paris que vivem disputando nos guetos a comida com os ratos; sem olvidar dos fugitivos das guerrilhas e de governos autoritários, que estão morrendo à míngua e invadindo a Europa como tábua de salvação -, mas o Francisco, ah, o Francisco, dando às costas para tudo isto resolveu fazer um oportunista Sínodo com os bispos para falar e discutir o futuro da Amazônia. Só que grande parte da região Amazônica é nossa e sabidamente quem conhece de perto seus problemas não participará do encontro.
Sempre admirei jesuíta argentino pela profundidade de suas homilias, principalmente quando fala da família, união e amor. Porém nunca me deixei levar pela sua ideologia vesga quando usa dos pobres e excluídos como arma para fomentar revolução e discórdias nas sociedades do mundo. Sou católico e de formação Cristã, um dos meus melhores amigos foi o saudoso Arcebispo dom Moacir Vitti com quem tive a honra de privar de sua casa e mesa -, sempre discutíamos sobre o futuro da Igreja num mundo tão dividido e jamais profanamos a nossa amizade por qualquer crítica divergente que pudéssemos ter em nossos diálogos.
Pena que não posso nesta hora conversar com ele sobre o momento impróprio do referido Sínodo. Impróprio? Claro, pois está às escâncaras que o Francisco aproveitou de um embate político entre o governo brasileiro e o socialista Macron sobre os incêndios na Amazônia, para engajar a Igreja nesse embate. Tudo sob os aplausos de índios integrados a Comunidade Nacional e, portanto, brasileiros como qualquer um de nós, e líderes partidários contrários ao atual Presidente da República. Talvez para desviar a atenção do que o ditador Maduro está fazendo com o povo venezuelano ou do que o Kim faz há anos com os pobres e assustados na sua Coreia do Norte.
E nem bem começou a reunião no Vaticano os petistas aproveitaram para invadir a Catedral da Sé, em São Paulo, para colocar cartazes defendendo a libertação (que ele não quer) do Lula. Tudo sob protestos dos fiéis que entendem que a Igreja não deve ter cores partidárias e nem ideologia.
E os padres não reagiram e permaneceram silentes lavando as mãos como Pilatos, tal como aconteceu na Alemanha da II Guerra Mundial quando foram assassinados milhões de judeus.
Pio XII permaneceu inerte e mudo, embora depois de sua morte tenham surgidos histórias (sem provas concretas) de que ele teria agido por detrás dos panos para salvar aquele povo perseguido do pior infortúnio. Pior? É difícil imaginar que depois do Papa João Paulo II, o peregrino da Paz e semeador da Concórdia entre povos e nações, os Cardeais tenham escolhido alguém que se intitulou Francisco para dirigir os destinos da Igreja de Pedro.
Com tantos bons e ótimos Franciscos que existem no mundo, o ungido ao que aparenta foi um Chico que pouco está se lixando com o que possa acontecer em nosso país...
“Se é verdade que religião não se discute, nada impede que o dirigente do Estado do Vaticano possa ser criticado. Quando o homem que deveria preservar sua espiritualidade com o dever de espargir amor sobre o mundo, deixa seu papel para agir ideológica e politicamente ele se vulnera como qualquer indivíduo”.
Edson Vidal Pinto