Geração sem brio
Nunca pensei que um dia escrevesse uma única linha para criticar o Alto Comando das FFAA, responsável pelo grupamento de homens e mulheres que por vocação juraram defender a Constituição Federal, a Ordem e a soberania do Brasil. As três forças armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica- sabidamente detentoras de uma História até então inatacável, repleta de glórias e heroísmo protagonizada por destemidos combatentes que sempre estiveram na vanguarda demonstrando o espírito valente e patriótico que nunca faltou nas ocasiões em que teve de intervir para proteger o povo oprimido e a democracia. E assim foi com a FEB nos campos de batalha da Itália ao lado de um grupo de Aliados para libertar a Europa escravizada pelo nazifascismo. E no país em 1.964 pela necessidade de defender a família, a Pátria e a liberdade a FFAA não titubeou em intervir para atender o clamor da maioria do povo brasileiro, colocando Tropas nas ruas para reorganizar o Estado. Claro que dita ação não agradou alguns poucos, que insatisfeitos e intolerantes buscam de quando em quando relembrar aquela época alcunhada de anos de chumbo, em busca de um revanche ao invés de deixar sepultada apenas como tendo sido uma página da história. Com a abertura e sucessivas eleições livres e democráticas os que ontem eram do contra continuam destilando ódios e semeando discórdias a ponto de dividir o povo e implantar a insegurança jurídica. Lembrar de acontecimento histórico de muitos anos atrás como se ainda tivessem reflexos nos dias atuais, é ruminar o gosto amargo da derrota. O que é um combustível perigoso. A democracia conseguiu sobreviver aos governos esquerdistas de FHC, Luiz Ignácio e Dilma pois o povo ordeiro conseguiu suportar todas as vicissitudes, erros, corrupção e mentiras que os três no poder da República souberam usar e abusar com maestria. Na última eleição em razão da parcialidade explícita do TSE e dos acontecimentos incomuns como a ditadura imposta pelo STF e a total omissão do Congresso Nacional na fiscalização do Poder Executivo, empurraram os cidadãos de bem até os portões dos quartéis das FFAA objetivando buscar guarida e apoio para mediar o ímpeto do novo governo do Luiz Ignácio. Os militares não se opuseram e permitiram que idosos, homens, mulheres e crianças acampassem em área, antes proibida pela proximidade das referidas repartições. Nenhuma palavra ecoou dos quartéis, contudo, a passividade demonstrada criou uma falsa expectativa para os brasileiros ali acantonados ou não. Daí o episódio do dia 08 de janeiro em Brasília, plano de facilitação de acesso de alguns inconformados nos três edifícios dos Poderes engendrado dentro do Palácio do Planalto, que gerou as prisões não apenas dos que estavam no interior dos prédios ou suas imediações, como, também, daqueles que estavam na frente do Comando Militar do Exército. Estes foram “convidados” por militares fardados a entrarem nas dezenas de ônibus estacionados no local para deixarem o local, apenas para serem identificados pela Polícia Federal para, depois, poderem retornar às suas casas. Mentira criminosa. Pois todos que entraram nos ônibus foram presos (1.400 pessoas) e indiciados em inquéritos policiais. Uma burla que contou com a conivência das FFAA. Dias depois os três chefes Militares prestaram continência ao Luiz Ignácio e a farra do novo Governo Federal continua até acabar o dinheiro publico. E o pior: o Brigadeiro Comandante das Forças Aéreas, entre o término das eleições e a posse do eleito, declarou publicamente que faria continência ao Luiz Ignácio; e o novo presidente STM na sua posse reconheceu com devoção exagerada, a honestidade do novo mandatário. E o povo? Mais desamparado, acuado, assustado e descrente com as FFAA e as demais instituições que têm o dever de defender o Império das Leis, mas estão aparelhadas e encabrestadas pela nefasta ideologia…
“O Presidente da República reina dentro de um país presidencialista como um monarca, só que tem sobre sua cabeça uma coroa de lata. E com certeza tem ao seu lado uma rainha “com sorte”.
Uma dupla que vai dilapidar o país. Nem precisa ser adivinho para saber o final da história.”