Guarda-costas do polícial
É a situação da segurança individual há cada dia que passa gera incerteza e pavor, pois todos somos vítimas em potencial dos criminosos que tomaram conta das ruas, dos bairros, das cidades e dos países de um modo em geral. E já não são mais os trombadinhas e nem os estelionatários de plantão nas esquinas que se aproveitam da ganância das vítimas para lhes vender sonhos em forma de pesadelo. Nada disto. Hoje o criminoso é ousado, anda muito bem armado, não tem medo de ser preso pelo menos no nosso país, onde reina a impunidade. Assim, ninguém está mais seguro nem em casa, no apartamento e muito menos numa residência localizada na área rural. E pensar que tem gente que não quer ninguém armado, para evitar revide e mais violência, como se o marginal tivesse a primazia de ser o único a usar e dispor quando quiser de uma arma de fogo. Uma ova. O porte de arma e a manutenção dela em casa é um direito de todo o cidadão para não ficar a mercê dos criminosos, pois ninguém pode estar na frente de uma ameaça de mão armada sem ter a mínima possibilidade de defesa. Eventuais excessos credite-se aos intolerantes e insensíveis. E quem não quiser portar arma que não critique quem queira, pois a opção é pessoal. Eu mesmo quando no exercício de minhas atividades profissionais (como Promotor de Justiça e Magistrado) nunca usei e nem tive arma de fogo em minha casa, embora por diversas vezes tenha sido ameaçado por gente muito perigosa. Em uma destas ocasiões quando morava em Faxinal chegaram cinco policiais civis de Curitiba, designados para proteger a vida do Juiz da Comarca, mas por traficarem drogas na região pedi suas prisões preventivas e fui ameaçado por eles, com graves consequências para minha esposa (grávida) que temerosa e preocupada acabou tendo paralisia facial e em todo o lado esquerdo de seu corpo. Isto fazia parte do Ofício, como diziam na época. Mas não sou contra quem porta arma de fogo porque vivemos em uma selva de pedras, com predadores por todos os lados. Tanto é verdade que autoridades, grandes empresários, artistas famosos e até jogadores de futebol têm seguranças ou guarda-costas por onde andam e viajam, quer para afastar o público, fãs e bandidos para suas próprias tranquilidades. Porém quando um policial tem que ter guarda-costa para andar pelas ruas e viajar é o maior sintoma que a segurança está pela hora da morte e que nós estamos no mato sem cachorro. Sabe aquele escândalo noticiado dias atrás quando alguns inquilinos do STF, ministros de estado, asponeis com cargos em comissão no governo federal que a pretexto de participarem do “I Fórum Brasil de Ideias” ( quando lavaram roupa suja fora do país) realizado no último mês de abril em Londres - Reino Unido, patrocinado por empresas com rabo preso no STF? Lembram disto não é mesmo? Pois é, até o cara de pau do Andrei Rodrigues, delegado e diretor-geral da Polícia Federal participou do referido evento levando a tiracolo alguns guarda-costas da referida corporação, com certeza com medo de ser assaltado ou sofrer represálias. Só pode ser. Putz, só não se sabe ao certo quantos policiais federais viajaram (inclusive para proteger as demais autoridades)num verdadeiro festival de diárias e mordomias que são próprias daqueles funcionários públicos. E isto é apenas a ponta de um iceberg de gastos, pois se forem computados o custo daqueles mesmos policiais federais lotados em embaixadas, consulados e repartições do governo federal, Tribunais Superiores e no Parlamento com certeza daria para minorar com todo o dinheiro gasto a situação de desespero que passa o povo gaúcho. Fico pensando: um policial com vários seguranças ao lado; e nós os pobres mortais sem eira e nem beira, achando que podemos sair na rua só porquê temos a cara e a coragem…
“O festival de diárias gastas com agentes públicos é um escoadouro de dinheiro dos contribuintes; os homens públicos além de perderem o decoro também perderam o pudor no trato dos bens públicos. Se os tribunais de Contas efetivamente fiscalizassem tais gastos, com certeza, inibiriam as ações dos dilapidadores. Mas é uma sinecura como tantas outras.”