Hipocrisia Escancarada
A responsabilidade de dirigir um setor do estado que é um barril de pólvora, sem dúvida nenhuma é a da Segurança Pública. Hoje em dia muito mais complexa e controvertida do que era há tempos atrás, porque o crime organizado aproveitou o desleixo dos mandatários públicos e tomou conta das periferias onde os excluídos se agregam e institucionalizou um verdadeiro governo paralelo. Tem comando, tribunal próprio, contabilidade, operadores e executores.
Os chefes dão ordem aos seus asseclas de qualquer parte, pouco importando que estejam ou não presos. A organização criminosa tem tentáculos em todos os setores -, dentro das polícias, dos governos, da política e dos tribunais. Pois tem muito dinheiro envolvido sabidamente oriundos do tráfico, da receptação, do roubo, dos jogos de azar e do lenocínio; cifras que seduzem, corrompem e compram consciências.
É claro que apesar disso tudo existem bons e respeitáveis policiais, homens e mulheres vocacionados que expõem suas vidas diariamente no combate ao crime. E sair uniformizado pelas ruas ou voltar para casa no final do dia, sozinho, não deve ser nada fácil. O mesmo problema enfrenta o policial civil que embora não ostente uniforme, sem dúvida é a figura mais conhecida do lugar onde mora.
E o pior: com os estados quase falidos e faltando dinheiro suficiente para manter a sua parasitária Administração engessada em uma máquina burocrática burra, evidente que só alguns minguados de reais são canalizados às áreas da educação, saúde e segurança pública. Esta última, sabidamente, dona de uma logística cara para poder atender minimamente os reclamos da população.
Salários defasados e armas obsoletas fazem do policial uma vítima em potencial; e quando presentes para atender tumulto público são acintosamente afrontados e desrespeitados pelo público que não sabem viver em um estado democrático de direito. E via de consequência surge o confronto e o ódio contra os representantes do governo, estes são representados pelos policiais que ali estão para cumprir a voz de comando e manter a ordem pública.
Desses embates sempre resultam pessoas detida e feridas. Nesse momento entram as vozes dos chamados defensores dos direitos humanos clamando pelas punições dos policiais arbitrários, ignorando as reações desmedidas do povo. Quando no Rio de Janeiro aquela tal de Marielle Franco, uma ativista oriunda do submundo, foi abatida a tiros por criminosos, o governo brasileiro foi sacrificado por críticas inconsequentes e ideológicas a ponto do Francisco ter tudo quase um chilique no Vaticano.
E volta e meia a imprensa revive o assunto e a mulher da “de cujos” ainda chora lágrimas de crocodilo. E a turma dos direitos humanos querem, por quê querem saber, quem matou a Marielle? E ninguém cobra para saber quem pagou para matar o Bolsonaro. Tudo hipocrisia.
E voltando ao tema: o que esperar da Polícia? Que ela pegue o marginal com luvas de pelicas? Que peça licença para revistar a cada de um traficante? Que na frente de agitadores de ruas aguente as cuspidas e desaforos? Que espere o criminoso atirar para daí então reagir? Que seja delicado quando uma mulher estiver com uma pedra na mão? É óbvio que não. Quem ostentar a condição de agente de segurança do estado tem que impor o seu princípio de autoridade. Doa a quem doer.
Eventuais excessos ficam por conta do Comando das Corporações, das respectivas Corregedorias, do Ministério Público, da Justiça especializada e de ninguém mais. As ONGs de direitos humanos têm timbre ideológico e partidário, não criticam os governos autoritários da Venezuela, Cuba, Coreia do Norte e outros, mas querem meter o “bedelho” em nosso país, como se aqui fosse terra sem dono, lei e ordem.
E a polícia existe para impor ordem, quem desrespeitar vai sofrer as consequências. Acha que não? Vá aos Estados Unidos e diga uma “gracinha” para um policial quando este estiver de serviço...
“A Segurança Pública não pode ser olvidada pelos governantes, pois sem ela um país não pode prosperar. O povo precisa de segurança, tanto quanto saúde e educação; três pilares que sustentam o Estado democrático de direito. Estar Secretário de Segurança Pública é tarefa árdua que exige ação, transparência evoluirá autoridade.”
Edson Vidal Pinto
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