Jogo de Peteca.
Hoje, 25 de maio de 2017, quinta feira.
Bem que dizem que toda pessoa tem um minuto de sucesso na vida! É interessante como o povo idolatra alguém e pouco tempo depois simplesmente abomina. Na história existe um rol imenso de personagens que vivenciaram esta popularidade efêmera. Tem alguns que permanece longo tempo no pedestal da fama e de repente são arremessados ao ostracismo, sendo poucos os que levam a vida toda sendo reverenciados.
Esta a gangorra mágica do destino. Na vida pública é comum a ocorrência destes altos e baixos. Quando do exercício do cargo o tratamento dispensado é diferente de quando o agente público deixa a função, transferindo-se ao seu sucessor as atenções e holofotes. Há quem se deixa iludir pela aparência e arrisca pagar para ver as consequências.
Na última eleição majoritária certa ministra do STJ, aposentada, que foi Corregedora Nacional da Justiça e alçou voo na imprensa por acusar Juízes e compará-los como "Bandidos de Toga" pretendeu com o sucesso de suas declarações conquistarem uma cadeira de Senadora pelo estado da Bahia. Mas experimentou o gosto amargo das urnas por ter recebido menos de um por cento dos votos dos eleitores.
É possível que o mesmo se repita caso Joaquim Barbosa, aposentado do STF, arrisque ser atraído pelo canto político da sereia. E por que estou tecendo comentários a respeito? Porque duas figuras ímpares da Magistratura nacional estão presentemente na vitrine dos acontecimentos: o ministro Fachin e o Juiz Moro.
Contra primeiro já começa a soprar alguns ventos tormentosos pela ousadia de determinar a abertura de inquérito para apurar a responsabilidade do Presidente da República, com referências tendenciosas e levianas de que não se acautelou o necessário para saber se a fita incriminadora mereceria credibilidade pela ausência do respectivo laudo pericial. A defesa do Temer intentou medida para afastá-lo da relatoria da Lava Jato. Claro, porque ele está sendo uma pedra no sapato dos envolvidos.
Enquanto que orquestrações de menor potencialidade foram articuladas contra o Moro, sem maiores consequências. Ao menos por enquanto. Este é o perigo que está sujeito os defensores da Lei e da ordem contra a canalha política que se assenhoreou da vida pública brasileira. E eles estão no cargo, e ainda, acobertados pelo favorável clamor popular. Porém na mídia eletrônica não falta notícia plantada para denegri-los. Ninguém ignora que momento nacional é tenso porque sindicatos, baderneiros mascarados, e desocupados estão agitando e depredando bens públicos chefiados por subversivos de ocasião.
A semana não terminou e o caos pela falta de governabilidade está atingindo limites extremos. Nesta hora nebulosa cabe às pessoas de bem preservar a respeitabilidade dos magistrados referidos para que se sintam prestigiados e fortalecidos nesta hora de incerteza. Pois parece que ambos estão jogando peteca e que esta não pode cair no chão de jeito nenhum, porque as consequências serão nefastas para o futuro da pátria.
"A situação nacional é tensa e incerta. Fruto da falta de governabilidade. As reformas da Previdência e trabalhista estão servindo de estopim e discórdia. Preservar autoridades do Judiciário que estão no núcleo central da moralidade é tarefa indispensável dos cidadãos que zelam pela democracia."
Edson Vidal Pinto