Mesmice.
Hoje, 11 de janeiro, quarta feira.
Sempre no início do ano quando os políticos estão de recesso e o povo ainda está entumecido pelas festas de final de ano, reina aparente calma no país. A Mídia empobrecida pelas notícias de novos escândalos das autoridades públicas apenas se limita em reproduzir fatos do cotidiano, como rebeliões em presídios e outros de nenhuma repercussão.
Quanto às chacinas ocorridas no sistema penitenciário do país é mera bomba de efeito retardado, porquanto notoriamente esperada. Pulo dito tópico para não bater em ferro frio. Na verdade parece que mergulhamos numa bolha de ar, tudo o que acontecia ao nosso redor parece que desapareceu por encanto. Da crise econômica ninguém comenta, da corrupção endêmica que envolve partidos e políticos parece que ficou para trás, a Polícia Federal não prende mais ninguém, o Ministério Público está de férias e o Moro não tem nenhum Substituto para continuar seu trabalho de caçar bandidos.
O povo sossegou, não bate panelas, não sai nas ruas, e ao que parece levou toda sua indignação e inconformismo tomar banho nas águas do mar. O Brasil está como todo marginal da política gosta: na mais profunda letargia! Brasília parece que implodiu como por encanto sem deixar resquícios, como a Atlântida o continente perdido! Pena que a marcha inexorável do tempo, com o passar dos dias, afasta as nuvens ensolaradas e abre brechas para o retorno da triste realidade, nuvens escuras, raios e trovoadas estremecem e afastam a enganosa calmaria.
O Congresso voltará a se reunir e com ele começará as encrencas, as manobras dissimuladas, as defesas estéreis e o pior: a máxima do quanto pior, melhor! E o governo federal passa a alardear projetos nem sempre viáveis e reformas sem muitos esclarecimentos. Mas o ponto alto da agitação ficará completa com os julgamentos nem sempre sacrossantos do Supremo Tribunal Federal!
Pronta a salada, começará a vida do país sob o Hino do Criolo Doido ! E dai em diante "cada um por si e Deus por todos". E pensar que a mesmice é parte indissociável da nossa História. Aqui no Paraná já se cogita nomes para o Governo do Estado, nenhuma aparente novidade por se tratarem de profissionais da política e adeptos das benesses dos que governam.
Acredito que está na hora de surgir alguém que tenha as "mãos limpas" e sem compromissos ideológicos para disputar o pleito que se avizinha. Chega dos mesmos, os nomes veiculados já provaram que nada fizeram e nem contribuíram para melhorar as condições de vida dos paranaenses, a não ser para arrebanharem suas próprias fortunas.
Será possível que um dia possamos eleger um cidadão probo para nos governar? Com a atual legislação que rege os Partidos Políticos e a forma de eleição com certeza, não! Enquanto isto o país se arrasta aos solavancos, sempre à mercê dos seus maus gestores e sem perspectivas de melhoras.
Que Deus se apiede do povo trabalhador e honesto que amarga a consequências da falta de amor à Pátria. E que inspire alguém que tenha à disposição de concorrer eleição com o único propósito: o de servir!
Tudo o mais será mera consequência...