Meu submarino amarelo
Dia de jogar conversa fora e esquecer um pouco dos fatos do cotidiano. Não lembro de ter visto um período de chuva tão intenso na região sul do país, embora não tenha esquecido das grandes enchentes que anos atrás alagavam o centro de Curitiba, principalmente na Praça Zacarias onde a água chegava a entrar dentro do Cine Luz. Tem chovido tanto por aqui que no wattsap vi uma charge maravilhosa em que aparece a Arca do Noé como sendo o novo modelo de transporte coletivo para a nossa cidade modelo. A ideia é criativa e não descartável, pois a chuva não dá tréguas e nesta altura dos acontecimentos nem São Pedro sabe como fechar a torneira lá de cima. Dizem as más línguas que ele está procurando um índio que faça dança para não chover. Ninguém conhece mas ele teima que tem; e como ninguém quer contrariá-lo com medo não poder entrar no céu, a tal busca contínua. Juro que da varanda do meu apartamento eu vi dias atrás uns rapazes fazendo wakeboard (esporte que consiste em uma pessoa sobre uma prancha puxada por uma lancha) nas águas do Parque Barigui, só que em vez de lancha a prancha estava amarrada em um Jeep que trafegava contornando a pista existente ao redor do parque. Verdade mesmo, quem não quiser acreditar que não acredite. No dia seguinte levei minha mulher dar uma volta com meu Fiat 147, de cor amarelo Fanta, pelo referido parque e ficamos surpresos de ver o rio Barigui transbordando e saindo do seu leito normal, com a água inundando a pista para pedestres. Logo me ocorreu rebocar o submarino amarelo que guardo na garagem do prédio onde moro, que comprei do Ringo depois que os Beatles terminaram de fazer um filme, pois o rio estava tão cheio que o submarino com certeza não encalharia. Eu queria apreciar pelo periscópio algumas carpas e capivaras que fazem do local suas moradas, mas não tive coragem. Lembrei que não paguei o licenciamento do submarino na Capitania do Porto de Paranaguá. E como estou cheio de multas do meu carro, não quero também ficar devendo para a Marinha do Brasil. E pensar que estou escrevendo só por causa da chuva torrencial e do vento não estocado pela Dilma, depois dizem que ela não faz falta. Faz falta sim: se ela não estivesse na China mas no Rio Grande do Sul, poderia chover, mas não ventar. E o prejuízo seria bem menor. É claro desde que ela não fosse a “nossa Presidenta”. Putz, isto sim é “jogar” conversa fora, pois bastou um “pequeno” toró e um pézinho de vento para fazer uma tempestade de letrinhas que para muitos é bobagem. Mas para mim, serviu para escrever esta despretenciosa crônica domingueira…
“Domingo é dia de recarregar as baterias, deixar as preocupações de lado, esquecer do Luiz Ignácio e de sua troupe, rir muito e ler sem compromisso. Ler coisas boas, que permitam não gastar neurônios, para depois dormir sem pesadelos.