Mosca na sopa
O sujeito vestindo toga e com a caneta cheia é um verdadeiro bufão, interpreta as leis ao seu bel prazer, encarna as figuras de delegado de polícia federal e Promotor de Justiça como um todo poderoso, e pensa que está acima de tudo e de todos. É claro que estar empregado num tribunal superior como o STF é estar imune de qualquer censura ou demissão, por contar com as criminosas omissões dos senadores da república, daí o sujeito até pode se achar mesmo o rei da cocada preta. Enquanto buliu com gente miúda que não teve meios legais de apor nenhum tipo de defesa, como ocorre com as condenações dos “depredadores” dos castelos de Brasília (episódio de 08 de janeiro de 2.023), bem como, impor censuras a torto e a direito tudo caminhava sem maiores preocupações. Pois quem o contestava publicamente ou escrevia contra, logo era processado e punido pela sua própria caneta. E seus pares apenas dizem “amém”. Ora, como deve ser bom a pessoa ter um país como sendo o seu quintal, o povo sob seu jugo, a polícia para sua exclusiva proteção, dizer que todos nós devemos “Corroer a democracia por dentro” (?) e se tornar a única voz da verdade. Usufruir tal regalia deve ser fascinante e única para qualquer mortal, salvo para os ditadores que pululam o mundo. E assim o Xandão alicerçou sua vida pública para viver até o final de sua existência terrena, como um faraó moderno com pompas, clarins e paetês. Tudo transcorria as mil maravilhas até que um mosca (sul africano/americano) caiu no seu prato de sopa. A diferença que referido inseto é um bi ou trilionário que não sabe mais aonde colocar dinheiro de tanto que tem, só de satélites de comunicação que orbitam a terra ele tem mais de cem, portanto não é um Mané qualquer. O tal ricaço se insurgiu contra as censuras do Xandão por querer calar as vozes dos contrários ao governo Luiz Ignácio ao impor a mordaça ideológica, que fere de morte a liberdade de expressão assegurada na Constituição do Brasil. Na sua impulsividade o magistrado reagiu para manietar os negócios do mosca no país mas foi confrontado de maneira inesperada. Ele (o Mosca) declarou para o mundo que o Brasil vive um estado de ditadura e que não vai cumprir determinação judicial nenhuma. O suficiente para a Imprensa decadente despertar e os tradicionais petistas também, ao declararem que não dá para mais para segurar o andor onde o Xandão está sendo carregado, porque ele exagerou a dose de arbitrariedades. E agora? O quê será que vai acontecer?
Sinceramente, acho que o Xandão está de calça justa, bem apertada, aquela que incomoda para sentar e andar, sem nenhuma outra para vestir. Se tirar e ficar de cueca, mesmo com a toga por cima, será vergonhoso e impróprio para uma autoridade judiciária. Ah, talvez a solução seria tirar o mosca da sopa e jogar o dito cujo no lixo. Pena que essa mosca é diferente de qualquer outra porque ele é poderoso e “imexivel”. E agora? Será o começo do fim do Xandão? É difícil saber, mas que ele está acuado e sentindo na pele o mesmo que sentiram aqueles que ele processou, parece não existir dúvida nenhuma. E o mosca continua confortavelmente nadando no prato de sopa, sem nenhum risco de se afogar, porque com tanto dinheiro que tem está usando um confortável escafandro preparado para o que der e vier….
“Não é possível tantas arbitraridades sem punição.
Tem uma hora que o inesperado acontece. Para o bom e para o ruim. Ninguém está acima da lei e do Direito.
Tudo tem um começo, meio e fim. Nada é perene, nem a vida.”