Nem o Oscar é Mais o Mesmo!
O que fazer em Guaratuba? Todo o dia tem alguma coisa diferente para fazer, até tomar banho de mar. Mas como não gosto fico no aguardo de matar o tempo da melhor maneira.
Assim, na companhia de meu primo José Alves, legitimo morador da urbe, fomos até a Associação dos Magistrados visitar um amigo comum que nela está hospedado, o Juiz aposentado Dr. Ayrton José Saldanha. Ele e meu primo são amigos de infância, estudaram juntos no norte do Paraná e venceram com tenacidade todas as dificuldades de seus caminhos até alcançarem o sucesso profissional; e eu, então como Promotor de Justiça, trabalhei com o Saldanha na 2ª Vara Criminal da Comarca de Umuarama. Desde aquela época construímos uma amizade sólida e imorredoura.
Nos encontramos há cinco anos quando meu dileto amigo comemorou oitenta anos de idade. E agora nosso reencontro foi um misto de saudades, risos e recordações. E foi no meio da conversa que o Saldanha me perguntou por que eu ainda não fiz uma crônica sobre o documentário brasileiro indicado para o Oscar. Foi uma grande deixa, não tinha ainda cogitado nisso, mas quando ouvi logo mais a noite no “Jornal Nacional” sobre dita indicação, vou escrever a respeito.
Não tanto por ser um simples documentário, mas pela abordagem feita de que o impeachment da Dilma foi um golpe para a democracia do Brasil. Dá para engolir tamanha asneira? Pois é, este é produto exportação do cinema de fundo de quintal, patrocinado e dirigido por gente dá esquerda, que serve apenas de propaganda para iludir os incautos. E o pior: a indústria cinematográfica americana e seus “críticos”, pelo menos até aqui, estão digerindo o teratológico roteiro. Tudo fruto de besteirol. E o vilão da história não é outro que não o Presidente Bolsonaro.
Dito documentário já passou para a fase semifinal do concurso, não sendo surpresa se for classificado para a final e ganhar tão almejado troféu para o Brasil. Tá, então, vou alinhavar em poucas linhas a funesta “obra”.
O título do documentário é “Democracia em Vertigem” que nada mais é do que uma história inventada de um fantasioso golpe para tirar Dilma Rousseff da Presidência da República, narrada pela própria diretora Ana Petra Costa, comunista militante e filha de comunistas participantes do Congresso da Une, em Ibiuna. E pasme: a nominada “cineasta” integra a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, tendo participado diretamente dos bastidores do governo do PT e privado das intimidades de Lula e Dilma até quando estes foram defenestrados do Poder.
Com argumento distorcido da realidade ela se debruça em narrar as “artimanhas” engendradas para sepultar os ares de liberdade de um povo oprimido pela direita irracional. É nessa toada o chororô da indigitada diretora, inconformada pela assunção ao Poder do atual mandatário. E é por essas e outras que a festa do Oscar vai perdendo sua audiência e o prêmio tão almejado pelos melhores da cinematografia a sua devida importância; servindo para que artistas e diretores ativistas transformem o palco em espetáculo grotesco e que produções medíocres e sem base de verdade encontrem vitrine para suas projeções.
Só me atrevo afirmar que se o filme “Lula, o Filho do Brasil” não ganhou nenhum Oscar, foi porque os tempos eram outros. Hoje, não sei não se não ganharia, pois nem o Oscar é o mesmo...
“A ideologia tem mudado até a história do Oscar. Foi o melhor tempo da escolha do melhor filme, ator, atriz, roteiro, musica, costumes, adaptação e direção. Os tempos são outros. Documentários sem nexo são também indicados por cunho ideológico. Marlon Brando e Orson Welles devem estar se mexendo no túmulo”.
Edson Vidal Pinto
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