Nó Na Cabeça
Tem certas notícias veiculadas pela imprensa que nem Freud explica, pois não parecem verossímeis pelas circunstâncias do momento, pois mais se assemelham a um quebra-cabeça sem a menor lógica. Como pode um político analfabeto e mentiroso, com pejo de ladrão, que não pode aparecer em público porque é tripudiado, que governa um país sem nenhum projeto e conta apenas com a parcimônia dos inquilinos da STF, estar no topo da lista de preferência da maioria dos eleitores? Sinceramente não dá para digerir. No entanto é isto que apontam alguns Institutos de Pesquisas dando conta que o Luiz Ignácio não tem adversário que consiga derrotá-lo nas urnas, apareça quem quiser concorrer que irá dar com os burros n’agua. Será verdade ou propaganda governamental? Que teoria é esta do quanto pior o dirigente público melhor será a sua aceitação por parte dos eleitores? Onde está a lógica? É ou não é um nó na cabeça daqueles que pensam num futuro promissor para o Brasil? Pois bem, vou tentar desatar este nó buscando garimpar motivos que justifiquem tal aceitação, pois para tudo existe uma razão de ser, afinal nada acontece pela simples cor dos olhos do preferido. Ah, minha memória é curta, é claro que ignorei fatos que justificam tal preferência eleitoreira, culpa exclusiva de minha aversão pela pessoa do “nosso” presidente. Mea culpa, mea máxima culpa. Na pesquisa os eleitores levaram em conta que a ponte internacional que liga o Brasil com o Paraguai, construída na gestão do capitão, foi solenemente inaugurada pelo magnânimo Luiz Ignácio. Outro ponto significativo é que a inflação está sob rigoroso controle e que o povo está comendo picanha todos dias. Me penitencio pelos graves esquecimentos. E a criminalidade? Meu Deus eu também esqueci que o competente Lewandowisk sepultou definitivamente o banditismo do narcotráfico; libertou os morros cariocas; devolveu a tranquilidade aos brasileiros; perdendo as organizações policiais a razões de existirem, podendo ser extintas para aliviarem as despesas dos estados e da União. Como pude esquecer tudo isto? E tem mais: graças ao governo federal os impostos escorchantes não existem mais e os juros bancários estacionaram em 12 por cento ao ano, uma lição ao Milei. E eu fui injusto por esquecer disto. E a nossa diplomacia, que show, somos agora carne e unha com a China, Venezuela, Cuba, Irã e conseguimos atrelar o MST com o Hamas, um pacto inédito e salutar para o crescimento do Brasil.
E os EEUU vão pagar caro por ter nos prejudicado desde a proclamação de nossa República. Vamos nos vingar por causa do terrível e abominável Governo Militar. Putz, e eu esqueci destas verdades! Claro que tem mil e um motivos para justificar os Institutos de Pesquisas que dão vitória ao “filho do Brasil”, mas a azeitona da empadinha, sem nenhuma dúvida, conta com o imprescindível carisma, elegância e educação de nossa segunda dama (a primeira morreu) a querida Janja, um mulher que dignifica todas as petistas e canhotinhas do país, pela sua sobriedade e discrição. Sem ela, o Luiz Ignácio não teria o reconhecimento que tem, pois além de culta ela é ótima por não gastar além do que mensalmente consome um chefe de família aposentado, com os proventos fixados no teto máximo do INSS. Estou encabulado, chateado e não deverei sair de casa nos próximos vinte dias pela vergonha que estou passando, período em que vou fazer retiro familiar para me penitenciar das críticas injustas que fiz ao Chefe do Executivo Federal. É claro que também vou votar no Luiz Ignácio, é o mínimo que eu posso fazer, para pagar pela minha absurda ingratidão, afinal ele é o único Salvador de nossa pobre Pátria…
“Viva, viva, viva, três vivas para o nosso Luiz Ignácio!
O rei da cocada preta, o imbatível e interminável homem ungido pelo TSE.
São os Institutos de Pesquisas que (sem nenhum erro) apontam o “nosso” herói brasileiro como o preferido do povo para continuar nos governando.
Afinal, cada país tem o governo que merece.”